Os últimos dias de 2025 têm sido marcados por um forte calor em diversas regiões do Brasil, com temperaturas ultrapassando os 40 graus Celsius. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho de onda de calor para os estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Esse bloqueio atmosférico que mantém o ar quente sobre o país não afeta apenas a saúde humana; animais como cães e gatos também sofrem com as altas temperaturas.
No Rio de Janeiro, clínicas veterinárias têm registrado um aumento expressivo de atendimentos relacionados ao clima. Esse cenário preocupante exige atenção redobrada dos tutores para evitar complicações e até a morte dos animais.
Os pets sofrem mais com o calor devido a diferenças fisiológicas em relação aos humanos. Enquanto nós transpiramos por toda a superfície do corpo, cães e gatos possuem mecanismos diferentes para regular a temperatura. Segundo Luiza Mahin, médica veterinária com 13 anos de experiência no Instituto Veterinário Municipal Jorge Vaitsman, no bairro da Mangueira, os cães fazem a troca de calor principalmente pela respiração. Com a dificuldade de respirar em dias quentes, eles podem desenvolver hipertermia, tornando-se muito mais vulneráveis.
As raças mais afetadas durante essa época do ano, que vai de dezembro a fevereiro, incluem animais de pequeno porte e os braquicefálicos, como yorkshire, pinscher, shih-tzu, bulldog, american pit bull e bulldog francês. Entre os gatos, os persas são os mais vulneráveis. Alexandre Antônio, veterinário formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), destaca que cães grandes e peludos, como golden retriever, samoieda e são-bernardo, também precisam de atenção especial e não devem ser levados para passear nos horários de sol intenso.
Os tutores devem estar atentos a sinais de alerta, como respiração intensa, animal deitado por muito tempo, língua arroxeada e dificuldade para se mover. Luiza observa que os animais chegam ao consultório arfando e com dificuldade respiratória, e que esses sintomas não devem ser ignorados, pois podem levar à morte em poucos minutos.
Para proteger os pets, é importante evitar passeios durante o calor intenso, preferindo horários mais frescos, como de manhã cedo ou no final da tarde. Manter o animal em um ambiente fresco e oferecer alimentos mais gelados, como frutas congeladas, também é recomendado. Além disso, congelar tapetes higiênicos e toalhas pode ajudar a refrescar os animais.
Um erro comum que deve ser evitado é deixar os pets dentro do carro, mesmo que por pouco tempo, pois isso pode levar a hipertermia e desidratação severa.
*Com Estadão Conteúdo.
Crédito da foto: DeFato Online.
















