O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que aproximadamente 72 mil novos casos de câncer de próstata surgem anualmente no Brasil, posicionando-o como o segundo câncer mais comum entre os homens, após o câncer de pele não melanoma.
Um estudo conduzido pela Oncoclínicas, liderado pelo oncologista Paulo Lages, revelou a eficácia do medicamento Acetato de Leuprorrelina no tratamento de pacientes brasileiros com câncer de próstata. Apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), o estudo destacou a validação do medicamento em uma população miscigenada como a brasileira.
“A pesquisa retrospectiva analisou os dados de 1.744 exames de 240 pacientes acompanhados entre 2019 e 2023. Os resultados mostraram que a Leuprorrelina suprimiu eficazmente a produção de testosterona, um hormônio que pode estimular o crescimento do tumor. Dos testes realizados, 98,7% demonstraram níveis de testosterona abaixo de 50 ng/mL, sendo que 84,7% apresentaram níveis abaixo de 20 ng/mL”, explicou o oncologista.
Para Lages, esses resultados sublinham a eficácia e segurança do tratamento para a população brasileira, considerando sua diversidade étnica. “Este estudo confirma que a droga é eficaz, proporcionando tranquilidade aos médicos quanto ao seu uso no tratamento do câncer de próstata no Brasil”, afirmou.
Além disso, outro estudo apresentado na ASCO revelou avanços no tratamento do câncer de pênis, combinando quimioterapia e imunoterapia. Esta abordagem combinada mostrou-se eficaz em reduzir o desenvolvimento do tumor em cerca de 75% dos pacientes estudados.
O câncer de pênis representa uma alta incidência no Brasil, relacionada a fatores como infecção pelo vírus HPV e condições de higiene. Em 2023, o país registrou 651 amputações de pênis e 454 mortes relacionadas à doença, segundo dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Urologia.
Fonte: Itatiaia.
