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Câncer infantil: especialista explica como chegar ao diagnóstico precoce da doença

Por Dentro De Tudo:

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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil devem ser registrados quase oito mil novos casos de câncer infantil, por ano, de 2023 a 2025. De acordo com Joaquim Caetano Neto, médico oncologista da Oncoclínicas, o diagnóstico do câncer em uma família é um evento que desestrutura não só o pai e a mãe, desestrutura toda a família, toda a unidade de apoio, amigos e parentes.

Como identificar o câncer na criança?

Segundo o oncologista, os sintomas para o câncer na criança são muito inespecíficos e parecidos com aqueles que podem ser de doenças comuns, por isso a importância da consulta médica para chegar a um diagnóstico precoce e seguro. “Por exemplo, a gente está no momento agora de dengue, a febre, plaqueta baixa, tudo. Isso também pode ser um dos diagnósticos diferenciais que tem que ser feito com a leucemia. Mas o mais importante do que ficar se apegando a algum sintoma, é que a mãe sempre sabe quando a criança não está bem. E nesse momento, é o momento certo de procurar aquele médico que ela confia. Muitas vezes, o pronto atendimento está cheio, o médico está atribulado. Então, não é um local ideal para você fazer uma consulta de rotina. Na consulta, o médio não deve só ouvir a mãe falar que tem alguma coisa errada, tem que examinar, exercer a medicina da forma que ela precisa, colocar a mão na criança. Tem que ter paciência para examinar, e a partir daí você vai criar um vínculo, não só com a criança, com a família e de fato, você pode auxiliar nesse momento, nesse diagnóstico”, detalha.

Diferente dos adultos que são acometidos, principalmente, pelos cânceres de pulmão, próstata e mama, nas crianças a maior incidência de câncer é de leucemias. Depois, os linfomas e os tumores de cabeça, no sistema nervoso central. “As leucemias são cânceres que surgem de defeitos em células da fábrica do sangue, a medula óssea. Existem leucemias agudas, com evolução muito rápida e, leucemias crônicas com evolução em anos e meses”, explica o médico hematologista da Oncoclínicas, Evandro Maranhão Fagundes.

Tratamento

O tumor das crianças é formado por células de multiplicação rápida. Então, precisa ter uma certa intensidade, na maioria das vezes, o tratamento é intensivo. “A criança vai ter que ser submetida a um tratamento pesado, mas que, muitas vezes, diferente do adulto, ela leva a isso com uma leveza que é inerente e específica das crianças. Se elas não estão sentindo dor, a gente consegue dar para ela todo esse ambiente diferenciado para que ela consiga, mesmo fazendo uma quimioterapia intensiva, brincar”, relata Joaquim Caetano Neto.

Outra opção de tratamento é o transplante de medula óssea. Segundo o oncologista, a Oconclínicas tem uma equipe totalmente preparada para o transplante pediátrico. Isso porque transplantar a criança tem suas peculiaridades. É necessária uma equipe que tenha não só o médico especialista em transplante do adulto, como também o médico especialista do transplante em criança.

Cura

As taxas de cura vêm progressivamente melhorando. Então, hoje, nos países desenvolvidos já se fala em 85% de chance de cura.

Fonte: Itatiaia.

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