Carne, suco de laranja, açúcar: o que mais preocupa o agro no tarifaço

Por Dentro De Tudo:

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O agronegócio brasileiro, setor estratégico que vem impulsionando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos, pode ser um dos mais prejudicados pelas novas tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos. A partir de 1º de agosto, o governo norte-americano aplicará uma taxa de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil, independentemente das tarifas setoriais já existentes, como as que incidem sobre o aço e o alumínio.

A medida intensifica as tensões comerciais entre os dois países, que já haviam enfrentado um tarifaço de 10% em abril. A nova decisão foi comunicada com justificativas políticas, após declarações do governo dos EUA sobre o cenário eleitoral e institucional no Brasil.

A situação preocupa principalmente o setor agropecuário, que tem nos EUA seu segundo maior destino de exportações, atrás apenas da China. Em 2024, a participação norte-americana nas exportações do agronegócio brasileiro cresceu de 5,9% para 7,4%, movimentando cerca de US$ 12 bilhões.

Entre os segmentos mais afetados está o da carne bovina, com mais de 181 mil toneladas exportadas entre janeiro e março de 2025, gerando mais de US$ 1 bilhão. A entidade que representa as indústrias exportadoras afirmou que barreiras tarifárias motivadas por disputas políticas afetam a segurança alimentar e o comércio internacional.

O setor de suco de laranja também expressou preocupação. Os EUA são os principais compradores do produto brasileiro, e só nos primeiros cinco meses deste ano, o Brasil exportou 570 mil toneladas, somando mais de US$ 690 milhões. Segundo estimativas do setor, a nova tarifa pode representar perdas superiores a R$ 1 bilhão ao ano.

Outro segmento vulnerável é o de açúcar, especialmente no Nordeste, onde o produto é importante para a economia regional. Atualmente, o setor opera com uma cota de 150 mil toneladas por safra para os EUA, o que rende cerca de R$ 600 milhões. Com a nova taxação, exportadores temem prejuízos e cortes de empregos, num cenário em que os EUA ainda dependem do açúcar estrangeiro para atender sua demanda interna.

Foto: Reprodução / Metrópoles

Fonte: Metrópoles

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