A Sociedade Brasileira de Cardiologia publicou uma cartilha em linguagem acessível para explicar as atualizações da Diretriz Brasileira de Hipertensão e dissipar dúvidas que se espalharam nas últimas semanas. O material reforça que o diagnóstico de hipertensão permanece inalterado: a condição só é confirmada quando a pressão atinge 140/90 mmHg ou mais em medições repetidas. Já os valores entre 120–139/80–89 mmHg passam a ser definidos como pré-hipertensão, uma fase de atenção que busca incentivar o acompanhamento e a adoção de hábitos mais saudáveis.
O documento enfatiza que uma pressão de 12/8 não exige uso de medicamentos. Remédios continuam recomendados apenas para casos em que a hipertensão é comprovada ou quando pessoas com risco cardiovascular elevado não conseguem estabilizar os níveis após mudanças no estilo de vida. A diretriz também adota metas mais rígidas para quem já está em tratamento, orientando que a pressão seja mantida abaixo de 130/80 mmHg.
A cartilha destaca ainda a importância das medições feitas em casa, já que aferições exclusivas no consultório podem não refletir a real situação do paciente. O texto lembra que hipertensos devem realizar exames anuais para identificar possíveis complicações silenciosas. Também esclarece informações incorretas que circularam recentemente, como a ideia de que 12/8 teria sido transformado em diagnóstico de doença ou de que determinados tipos de sal estariam liberados. A entidade ressalta que as principais mudanças estão voltadas às metas de controle, e não aos critérios que definem a hipertensão.
Crédito do texto: g1
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