Os cartórios de Minas Gerais registraram em 2021 o primeiro semestre com mais mortes e menos nascimentos, desde 2003, quando o balanço começou a ser feito, segundo dados do Portal da Transparência do Registro Civil.
“Nunca se morreu tanto e se nasceu tão pouco em um primeiro semestre como neste ano de 2021, resultando na menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos nos primeiros seis meses do ano”, disse o presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), Gustavo Renato Fiscarelli.
Os cartórios mineiros registraram 103.181 óbitos até o final do mês de junho. O número, que é o maior em um primeiro semestre, é 70,8% maior que a média histórica de óbitos no estado, e 54,6% maior que os ocorridos em 2020.
Comparando com 2019, antes da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 59,4%.
Já em relação aos nascimentos, Minas Gerais registrou até o final do mês de junho 125.736, número 8,9% menor que a média de nascidos no estado desde 2003 e 2,64% menor que em 2020. Com relação a 2019, o número de nascimentos caiu 6,76% em Minas Gerais.
“O resultado entre o maior número de óbitos e o menor número de nascimentos é o menor crescimento da população em um semestre no estado, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos”, contou Fiscarelli.
Ainda segundo a Arpen-Brasil, a diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 77.605 mil nascimentos a mais, caiu para 22.555 mil em 2021, uma redução de 70,9%. Em relação a 2020, a queda foi de 63,8%, e em relação a 2019 foi de 67,8%.