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Casais acusam buffet de não cumprir contratos de festas de casamento na RMBH

Por Dentro De Tudo:

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Uma empresa de buffet e decoração, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é alvo de denúncias por suspeita de não cumprir contratos firmados com os clientes.

Segundo casais que afirmam ter tido o sonho da festa de casamento transformado em um verdadeiro “pesadelo”, os serviços contratados não foram prestados ou não foram entregues com a mesma qualidade oferecida.

O casal Silvânia e Elmo Miranda pagou mais de R$ 12 mil para realizar o sonho de ter uma festa perfeita para celebrar o casamento da filha Thais e do genro André. Segundo Silvana, foram dois anos de preparo e seis meses em contato direto com os responsáveis pelo buffet. Durante o período que antecedeu o evento, tudo ocorreu “perfeitamente”. 

“Te levam a entender que sua festa será um sucesso”, diz. Segundo ela, no entanto, no dia do evento, a estrutura oferecida pela empresa não foi entregue.

O evento aconteceu em 27 de agosto, em um sítio em Sete Lagoas, na Grande BH. Segundo ela, a empresa mudou a decoração e utilizou flores “velhas”, além disso, os quitutes servidos aos 200 convidados não estavam como os apresentados durante a degustação. 

“Até as cores do casamento mudaram. Tiveram a ousadia de mudar o marsala e branco que havíamos escolhido para roxo e com flores velhas. Não ornamentou, de quatro a seis vasos apenas. Um tapete encardido. Serviram alface picada com tomate sem tempero no lugar de uma salada refrescante”, lembra. 

A mulher chora ao lembrar o que ela chama de “vexame”. “É humilhante, ultrajante, revoltante. Uma invasão que invade o seu ser e tira o seu brilho. Te tira um sonho o plano de anos, é uma vergonha, um vexame que passamos que eu não consigo nem descrever”, afirma. 

Segundo ela, os responsáveis pelo buffet alegaram “problemas pessoais” para justificar o não cumprimento do contrato. Os pais da noiva registraram boletim de ocorrência e acionaram a empresa na Justiça. Agora eles aguardam o desenrolar do caso para tentar reaver o valor gasto na festa.

Outro caso

Caso parecido foi vivido por Ítalo Henrique e Wérica, em abril deste ano, durante o casamento deles. Segundo Ítalo, o problema começou já na segunda degustação realizada antes do evento.

“Antes de fecharmos contrato estava mil maravilhas com eles. A princípio, eles atendiam em uma residência na região da Avenida Contagem, em BH, e foi lá nossa primeira degustação”, conta. 

Após fechar contrato, o casal só conseguiu agendar a segunda degustação para uma data nas vésperas do evento. “Fui para o endereço do primeiro local onde foi feita a degustação, porém não tinha ninguém. Liguei para o número deles, então falaram que tinham mudado de local de atendimento, tive que me deslocar novamente para Santa Luzia”, afirma. 

No dia do evento, Ítalo conta que a equipe do buffet chegou atrasada e, a partir daí, começou uma sequência de erros. “Fizeram uma comida de qualquer jeito, pois meus convidados já estavam sentados nas mesas aguardando. Contratamos uma mesa de frios, cantinho mineiro e drinks sem álcool, que não teve. A quantidade de garçom por mesa também não teve”, pontua.

“Fizeram um arroz, dois tipos de macarrão, tropeiro e uma carne, e isso foi servido aos meus convidados, em pouca quantidade ainda”, relata. Segundo ele, a quantidade de comida servida também foi inferior ao esperado. “Serviram pratos de sobremesa para os meus convidados pegarem comida”, diz. “Nosso bolo de casamento chegou quase 23h. Já tinha terminado tudo, 90% já tinha ido embora”, completa. 

Após a festa, o casal registrou boletim de ocorrência. Segundo o noivo, os proprietários do buffet alegaram que a equipe do cerimonial não tinha passado as informações corretas sobre o evento. Ítalo garante que o estabelecimento possuía todos os detalhes do evento no contrato. O casal também vai entrar na Justiça. 

Em sites como Reclame Aqui e casamentos.com.br, são dezenas de reclamações contra o buffet. A reportagem entrou em contato com o buffet, mas não obteve retorno. O perfil no Instagram do estabelecimento foi fechado nos últimos dias. 

O que diz a PCMG?

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais disse que localizou, até o momento, dois registros de ocorrência registrados como desacordo comercial nas cidades de Contagem e Sete Lagoas.

A instituição informa que, por se tratar de suposto crime de estelionato, a orientação é que as vítimas compareçam à delegacia mais próxima de sua residência para propor a devida representação criminal, conforme previsão legal e, assim, seja iniciada a investigação.

“Nesses casos, é importante que a vítima também reúna e apresente todos os possíveis elementos de prova, como documentos, mensagens via aplicativo e/ou e-mail, para colaborar com o trabalho investigativo”, diz o comunicado.

Fonte: Hoje em Dia.

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