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Cascavel, coral e jararaca: Pronto-Socorro de BH atende 78 pacientes de picada por mês

Por Dentro De Tudo:

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O Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, registra média de 78 atendimentos de pessoas picadas por cobras nos primeiros cinco meses deste ano. O número faz parte de um levantamento feito pelo João XXIII a pedido da Itatiaia. Entre janeiro e maio deste ano, foram registrados 394 atendimentos, média mensal de 78. Desse total, 90 foram da família da cascavel .

“As principais serpentes envolvidas nesses acidentes são as jararacas, cascavéis e as corais verdadeiras, sendo que há um predomínio absoluto da botrópico (família das jararacas) e crotalus família da cascavel”, com mais de 95% dos acidentes dessas duas famílias”, destaca o médico Adebal Andrade Filho, coordenador do setor de toxicologia do hospital, referência nacional em atendimentos envolvendo bichos peçonhentos.

O número de atendimentos neste ano é um pouco inferior ao registrado no mesmo período de 2022, quando 402 vítimas procuraram o João XXIII em razão de picadas de cobras. De acordo com o médico, o quadro clínico varia de acordo com a serpente. No caso de picada de jararaca, a região picada apresenta inchaço, bolhas, dor forte e sangramento.

“Já as cascavéis, além do sangramento, há um comprometimento do sistema nervoso central. O paciente pode apresentar coma, convulsões e também comprometimento do rim, com insuficiência renal. As alterações locais da picada da cascavel são pouco perceptíveis e isso, às vezes, retarda a busca por atendimento médico por parte do paciente”, alerta o médico.

Adebal destaca ainda que os casos envolvendo serpentes micrurus, gênero das corais verdadeiras, são mais raros, porque essas serpentes são mais arredias. “São acidente potencialmente graves. Todo acidente provocado por coral o paciente deve procurar o serviço de saúde imediatamente, assim como nos outros casos”, recomenda.

Tratamento

O médico explica que o tratamento é feito a base de soro antiofídico. Para cada tipo de serpente, há um soro. “Por isso, a importância de se identificar o animal que levou ao acidente. Recomendamos que a própria ou o acompanhante fotografe o animal de vários ângulos, especialmente a cabeça e aa calda, estruturas que permitem a identificação do animal”, diz Adebal. “A identificação agiliza o tratamento e a administração do soro, determinando no melhor prognóstico desses casos” finaliza.

Além do atendimento presencial, o Pronto-Socorro João XXIII tira dúvidas por telefone 31 – 32244000 ou 32399308.

Vejo o que fazer se for picado por cobra:

  • Lavar o local da picada com água e sabão;
  • procure um o hospital ou posto de saúde mais próximo;
  • ficar deitado e elevar o membro que levou a picada;
  • Se possível, tire uma foto da cobra para ser identificada.

O que não fazer se for picado por uma cobra:

  • Não fazer torniquetes;
  • não passar nada no local da picada;
  • não cortar a região da picada para ‘extrair’ o veneno;
  • não ingerir bebidas alcoólicas;
  • não sugar o local para tentar extrair o veneno.

Fonte: Hoje em Dia.

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