fbpx

Casos de febre maculosa disparam e superam em 48% os de todo 2022 em Minas

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Minas Gerais registra alta nos casos de febre maculosa em 2023. Até 25 de setembro, foram contabilizados 40 diagnósticos positivos para a doença, sendo 13 mortes. O caso mais recente de óbito foi confirmado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a vítima foi um homem de 37 anos. A informação consta no boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Conforme os dados disponibilizados pela SES-MG, o Estado contabiliza aumento de 48% de casos. Em 2022, Minas Gerais contabilizou 27 casos, e, em 2023 até 25 de setembro foram 40 – alta de 48%. As mortes também aumentaram: 6 no ano passado e 13 até o momento – aumento de 116%.

Veja a relação de casos confirmados de febre maculosa em Minas Gerais em 2023 por município de residência, sexo, idade e evolução:

Manhuaçu – Masculino – 28 -Óbito
Montes Claros – Masculino – 55 – Cura
Oliveira – Masculino – 50 – Cura
Diamantina – Masculino – 28 – Cura
Caratinga – Masculino – 65 – Cura
Santa Luzia – Masculino – 24 – Cura
Itabira – Masculino – 7 – Cura
Manhuaçu – Masculino – 54 – Óbito
Santa Luzia – Feminino – 34 – Cura
Conselheiro Lafaiete – Feminino – 25 – Óbito
Conselheiro Lafaiete – Masculino – 23 – Óbito
Congonhas – Masculino – 1 – Cura
Curvelo – Feminino – 29 – Cura
Matias Barbosa – Masculino – 62 – Em tratamento
Ipaba – Masculino – 55 – Óbito
Divinópolis – Feminino – 19 – Cura
Divinópolis – Feminino – 15 – Cura
Divinópolis – Masculino – 77 – Óbito
Matozinhos – Masculino – 55 – Óbito
Ipatinga – Masculino – 64 – Óbito
Naque – Masculino – 24 – Óbito
Betim – Masculino – 37 – Óbito
Congonhas – Masculino – 58 – Cura
Pedro Leopoldo – Masculino – 40 – Óbito
Matozinhos – Masculino – 2 – Cura
Itabira – Masculino – 20 – Cura
Contagem – Feminino – 52 – Cura
Santa Luzia – Masculino – 49 – Cura
Ipatinga – Masculino – 29 – Óbito
Paraopeba – Feminino – 46 – Cura
Contagem – Feminino – 73 – Cura
Pedro Leopoldo – Feminino – 51 – Cura
Uberaba – Masculino – 25 – Cura
Belo Horizonte – Masculino – 34 -Cura
Pedro Leopoldo – Feminino – 5 – Cura
Pedro Leopoldo – Masculino – 31 – Cura
Juiz de Fora – Masculino – 37 – Óbito
Curvelo – Feminino – 3 – Cura
Pedro Leopoldo – Feminino – 65 – Em tratamento
Patrocínio – Masculino – 67 – Em investigação da evolução clínica

Sobre a doença
A febre maculosa é uma doença sazonal, embora os casos possam ocorrer durante todo o ano. O período de seca compreende a época com mais pessoas infectadas – entre os meses de abril a outubro. Ela é uma doença febril aguda, de gravidade variável (de formas leves e atípicas, até formas graves, com elevada taxa de letalidade).

Os principais vetores e reservatórios da doença são os carrapatos do gênero Amblyomma, também conhecidos como ‘carrapato estrela’. Os principais sintomas da febre maculosa são: febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, além de paralisia dos membros que pode causar parada respiratória.

É comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos durante a evolução da doença. O diagnóstico pode ser sorológico, ou por pesquisa direta da bactéria Rickettsia rickettsii.

Previna-se
As principais medidas preventivas são aquelas voltadas às ações educativas, com vistas à orientação da população sobre as características clínicas da doença, unidades de saúde e serviços para atendimento, importância do diagnóstico e tratamento oportunos, áreas de risco e ciclo do vetor.

Para áreas de conhecida infestação por carrapatos ou sob risco de ocorrência de casos, recomenda-se:

  • Usar repelentes à base da substância Icaridina, que são eficazes na prevenção de picadas por carrapatos;
  • Usar roupas de cor clara, vestimentas longas, calçados fechados (preferencialmente com meias brancas e de cano longo);
  • Usar equipamentos de proteção individual nas atividades ocupacionais (capina e limpeza de pastos);
  • Evitar sentar-se e se deitar em gramados em atividades de lazer como caminhadas, piqueniques, pescarias etc.;
  • Examinar o corpo periodicamente, tendo em vista que quanto mais rápido o carrapato for retirado do corpo, menor a chance de infecção;
  • Se verificados carrapatos no corpo, retirá-los com leves torções e com o auxílio de pinça, evitando o contato com unhas e o esmagamento do animal;
  • Utilizar de forma periódica carrapaticidas em cães, cavalos e bois, conforme recomendações de profissional médico veterinário;
  • Limpar e capinar periodicamente áreas de vegetação passíveis de cuidados.

O Tempo

Encontre uma reportagem