Minas Gerais já registrou 1.314 casos confirmados de febre Oropouche até o mês de maio de 2025, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). O número representa um aumento de 335% em relação a todo o ano de 2024, que teve 302 registros da doença.
A febre Oropouche é uma arbovirose causada por um vírus do gênero Orthobunyavirus, com sintomas parecidos aos da dengue e chikungunya, como dor de cabeça, febre, dores musculares e articulares, náusea e diarreia.
Municípios com mais casos:
- Cataguases (Zona da Mata): 368 casos
- Joanésia (Vale do Rio Doce): 140 casos
- Dona Euzébia (Zona da Mata): 114 casos
- Belo Horizonte: apenas 1 caso confirmado
Segundo o infectologista Estêvão Urbano, da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), a transmissão ocorre por meio do mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. O ciclo da doença envolve ambientes silvestres e urbanos, com animais como preguiças e macacos como reservatórios naturais.
“O maior risco está entre pessoas que frequentam áreas com presença do vetor, especialmente zonas rurais”, destaca Urbano.
Grupos de risco:
- Crianças
- Idosos
- Pessoas imunossuprimidas
- Portadores de comorbidades
Em casos leves, os sintomas duram de 2 a 7 dias. Já em quadros graves, a febre Oropouche pode evoluir para complicações neurológicas e reações hemorrágicas. O tratamento é de suporte, com repouso, hidratação e uso de analgésicos e antitérmicos.
Prevenção:
- Uso de repelentes, roupas compridas e mosquiteiros
- Evitar áreas de transmissão
- Combater a reprodução de mosquitos
A SES-MG reforça que todos os casos devem ser notificados ao Sistema e-SUS/Sinan, para controle e vigilância da doença.
Crédito da imagem: Flávio Carvalho / WMP Brasil / Fiocruz
Fonte: g1 Minas
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