Minas Gerais vive um alerta de saúde pública com o aumento expressivo de casos de hepatites virais. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o número de diagnósticos de hepatite C subiu de 1.095 em 2023 para 1.241 em 2024. Já a hepatite A teve um salto ainda maior: de 38 registros em 2023 para 211 em 2024, e 282 apenas nos primeiros meses de 2025.
O crescimento preocupa porque as hepatites são doenças silenciosas. Muitas vezes sem sintomas, elas podem evoluir de forma grave e comprometer o fígado. Por isso, a SES-MG reforça que a testagem é essencial e deve ser feita ao menos uma vez na vida para hepatites B e C.
Os testes rápidos são gratuitos e estão disponíveis em unidades de saúde de todo o estado. Em caso positivo, o paciente é encaminhado para acompanhamento e tratamento especializado, com acesso a medicamentos via SUS. Minas Gerais conta atualmente com 75 unidades preparadas para esse atendimento.
A infectologista Cíntia Parenti alerta que hepatites B e C, se não tratadas, podem se tornar crônicas e evoluir para cirrose ou câncer hepático. No entanto, a hepatite C, por exemplo, tem taxa de cura superior a 95% quando diagnosticada precocemente.
Além da testagem, a prevenção passa por cuidados simples, como o uso de preservativos, higienização correta e evitar o compartilhamento de objetos perfurocortantes. A vacinação também é fundamental, mas os índices de cobertura seguem abaixo da meta: em 2025, Minas alcançou 91,53% de cobertura para hepatite A e 87,20% para hepatite B em menores de 1 ano — a meta é 95%.
A SES-MG reforça que o diagnóstico precoce é a principal estratégia para conter o avanço das hepatites virais no estado.
📸 Foto: DeFato Online
📎 Fonte: DeFato Online, com informações da Agência Brasil.
