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Causa da morte de jacaré é mistério em Lagoa Santa

Por Dentro De Tudo:

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A moradora garante que o réptil não se trata do jacaré Alfredo, nome dado ao animal que ‘mora’ na Lagoa Central. 

Um jacaré-de-papo-amarelo de porte pequeno foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (9/3) por uma moradora de Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com Gabriela Abreu, o réptil foi visto em uma calçada do Bairro Francisco Pereira. Ele estava com a cauda amarrada em uma corda e “muito magro”. Imediatamente, a mulher tirou uma foto que foi publicada em uma página de notícias, causando muitas dúvidas nos internautas sobre as causas da morte do jacaré.

“Estava indo para o trabalho, por volta das 7h. Não tive tempo de acionar algum órgão competente para averiguar. Achei estranho, porque ele aparentava estar seco, desidratado, e em uma distância relativamente grande da Lagoa Central – mais de 3 quilômetros.” 

A moradora garante que o réptil não se trata do jacaré Alfredo, nome dado ao animal que ‘mora’ na Lagoa Central. 

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar de Meio Ambiente de Lagoa Santa disse que teve conhecimento sobre o jacaré morto no final da manhã e que esteve no local por volta das 14h, percorreu as ruas do entorno e não encontrou o réptil. De acordo com o sargento Moreira, o quartel de meio ambiente não foi informado e recomenda aos moradores a acionarem a corporação imediatamente ao verem um fato atípico. 

Na página onde foi publicada a foto, alguns moradores levantaram a suspeita de que jacarés, animais considerados silvestres, vivem em cativeiro, mas de acordo com a Polícia de Meio Ambiente de Lagoa Santa, essa ação nunca foi flagrada na região. A corporação alerta que, segundo a lei de crimes contra a fauna, o artigo 29 prevê detenção de seis meses a um ano e multa a quem for pego praticando o ato. 

Por meio da foto tirada pela moradora, o biólogo do ICMBio e coordenador do programa de cooperação entre o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN) e a UFMG, Marcos Coutinho, acredita que o crocodiliano tenha morrido há mais tempo, tendo sido taxidermizado.  

“Ele está morto, mas não podemos saber as causas e quando foi morto. Seria necessário fazer uma análise precisa do animal. Mas como ele sumiu, o mistério só será, em parte, solucionado, quando quem achou apresentá-lo.” 

O biólogo afirma que a região do Bairro Francisco Pereira é uma área que tem muitos brejos e lagoas próximas, locais propícios para jacarés-de-papo-amarelo se esconderem. O biólogo ressalta que os jacarés são animais ecologicamente importantes, pois fazem o controle biológico de outras espécies de animais, pois se alimentam dos animais mais velhos e fracos que não conseguem escapar de seu ataque. Além disso, os jacarés-de-papo-amarelo fazem parte da lista de animais em extinção do Ibama. Isso se deve, principalmente, à destruição de seu habitat e à poluição dos rios.

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