Quase todos os dias os motoristas que trafegam pela MG-424, entre Matozinhos e São José da Lapa, relatam animais soltos às margens da rodovia. A via já foi palco de inúmeros acidentes, inclusive fatais, em decorrência do aparecimento repentino de cavalos na frente de automóveis.
“É uma situação que precisa de mais atenção as autoridades a nível municipal e estadual. Por outro lado, os donos nunca são encontrados e punidos. Se o animal não tem dono, que recolham eles e levem para algum lugar antes que aconteça mais tragédias”, disse Eliseu Correia, morador do bairro Felipe Cláudio Sales, em Pedro Leopoldo.
Os cavalos registrados manhã desta segunda-feira, dia 14, no trevo da Holcim (foto) estavam no canteiro central. Apesar da cena ser constante no local, motoristas relatam o receio do problema em toda a extensão da rodovia, principalmente no trecho conhecido como “duas pontes”, em São José da Lapa. “Ali aparece cavalos, vacas, bois, às vezes, todos juntos. É um trecho que merece uma atenção especial dos condutores”, comentou um motorista.
Mobilização sem sucesso
Há quase dois anos, Prefeitos da região se mobilizaram e cobraram providências do Governo do Estado e da Polícia Rodoviária Estadual sobre esta situação na MG-424, porém, não surtiu o efeito desejado.
Em 2019, um morador de Pedro Leopoldo perdeu a vida após atropelar dois cavalos no KM 3 da MG-424, em Vespasiano. A vítima chegou a ser atendida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu,
O que diz a Lei – Conforme prevê o artigo 936 do Código Civil, o proprietário do animal que invadir a pista e ocasionar acidente é obrigado a ressarcir o dano. O Código Penal também prevê pena de detenção de dez dias a dois meses, além de multa.
O problema é que os donos quase nunca são encontrados.
