Celular é o item mais roubado no Brasil

Por Dentro De Tudo:

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Pesquisa inédita do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em dezembro, revela que o celular é o objeto mais roubado e furtado dentro e fora de casa no Brasil, à frente do dinheiro vivo, de documentos, joias e eletrodomésticos. No Brasil, só em 2021, foram 2,143 milhões de aparelhos tomados em furtos e roubos, uma média de 5.871 por dia.

Em Belo Horizonte, dados da Secretaria de Estado de Justiça (Sejusp) mostram que houve aumento de 38,38% no número de furtos (crimes cometidos sem uso de ameaça ou violência) de celular, entre janeiro e novembro de 2022 (15.739 registros), em relação ao mesmo período de 2021 (11.373 casos) – em Minas, o crescimento foi de 21,53%. A alta é reflexo do “retorno à normalidade” no pós-auge da pandemia, com mais pessoas na rua, mas é também sinal de que criminosos estão mais ágeis e organizados, segundo Jorge Tassi, especialista em segurança pública.

“Hoje, o antigo ‘batedor de carteira’ vai é direto na mão da vítima”, comenta Tassi. Na mão do bandido, o celular vira dinheiro fácil. “Se o aparelho não for bloqueado pelo dono, será revendido. Se for ‘apagado’, será desmontado para revenda de peças”, completou.

Pior que isso é quando o criminoso se infiltra no celular da vítima e, em questão de segundos, “raspa” o dinheiro da conta bancária e aplica golpes. “Os criminosos estão sempre atentos a novas oportunidades para delinquir. Essas condutas lesivas são bem antigas e vêm se aprimorando junto com as tecnologias”, diz o advogado Thiago Sus Sobral de Almeida.

Vítima teve até conta invadida

Até o início de janeiro, o programador Gabriel (nome fictício), de 38 anos, nunca havia sido roubado. O “vento virou” quando ele curtia um bloco de Carnaval, no centro de BH, no último dia 14. “Fui pegar dinheiro e não tinha mais nada na pochete, incluindo o telefone”, lembrou.

Por rastreamento, ele localizou o iPhone na rua Guaicurus, na mesma região. “Pensei em tentar reaver, mas tive medo. Tinha ouvido falar de uma quadrilha organizada que furta e revende celulares lá”, disse. Gabriel fez boletim de ocorrência e apagou os dados do telefone, de forma remota. Ainda assim, bandidos acessaram o banco dele por meio de um aplicativo, três dias após o crime, e tentaram fazer transações, sem sucesso. Mesmo assim, o prejuízo chegou a R$ 4.000. (AR)

Fonte: O Tempo.

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