A seca em Minas Gerais esse ano atingiu mais pessoas e está durando mais tempo. Segundo a associação que representa os municípios mais impactados, cerca de 1 milhão de pessoas depende exclusivamente de caminhão-pipa para ter acesso a água atualmente. Em 2020, era 600 mil moradores.
Até o ano passado, o governo do estado começava a enviar auxílio pra população impactada em agosto. Em 2021, esse trabalho teve que começar em abril. E os incêndios podem agravar a situação ainda mais.
Minas Gerais tem 144 cidades em situação de emergência por conta da seca e da falta de chuvas. Isso representa 16% do território do estado. A maioria das cidades classificadas dessa forma é das regiões norte e Vales do Jequitinhonha e Mucuri, o seminárido mineiro.
O presidente da entidade e prefeito da cidade de Padre Carvalho, no norte de Minas, José Nilson Sá, afirmou que mais rios e córregos estão secando, e tem sido necessário buscar água cada vez mais longe.
“Tem lugar que não tem nem água para pegar com os caminhões-pipa. As distâncias estão aumentando. Aqui em Padre Carvalho antes a gente pegava no córrego Marenópolis. Agora a gente está pegando lá na Vacaria. Uma distância de mais de 20 km”, explicou.
Na maioria dos casos, segundo a associação de municípios, as prefeituras conseguem garantir os caminhões-pipa. Mas, em situações mais graves, o governo do estado oferece o transporte.
Atualmente, cerca de 104 mil pessoas dependem desse abastecimento por meio da Defesa Civil de Minas. De acordo com major Eduardo Lopes, Superintendente de Gestão de Desastres do órgão, este ano, a seca começou mais cedo.