Chega a 15 o número de cães mortos em Minas por suspeita de intoxicação

Por Dentro De Tudo:

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Subiu para 15 o número de cães mortos em Minas Gerais por suspeita de intoxicação após ingerirem um petisco. A atualização foi realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta sexta-feira (9). O caso está sendo investigado pela instituição e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)l, que detectou monoetilenoglicol em outros lotes de alimentos para pets da marca Bassar.

“Em Belo Horizonte, há 12 mortes e em Minas, 15 – além dos registros da capital, há outro na cidade de Piumhi e mais dois em Uberlândia”, diz em um dos trechos do posicionamento. A Polícia Civil informou que tem o conhecimento de 28 casos de mortes e internações de cães registrados até o momento.

Os tutores são orientados a procurarem a delegacia assim que perceberem qualquer um dos seguintes sintomas nos animais: vômitos, convulsões, diarréias, muita sede e prostração.

Detalhes da investigação não foram passados pela Polícia Civil. “O inquérito policial está em tramitação e eventuais atualizações sobre os fatos serão fornecidas, em momento oportuno, com o avanço dos trabalhos investigativos. 

Perguntas e respostas

As mortes de cães intoxicados após consumirem petiscos deixam os tutores em alerta. A situação é investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Conforme as autoridades, os alimentos estavam contaminados com etilenoglicol, composto químico altamente tóxico quando ingerido

  • O que causou a morte dos animais?

Exames de necropsia realizados pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontaram a existência de etilenoglicol no organismo de cães mortos. Perícia da Polícia Civil feita em petiscos também atestou a presença da substância no alimento.

O composto é da mesma família do dietilenoglicol, substância apontada como a causa da morte de dez consumidores da cerveja Backer em Minas Gerais em 2019 e 2020. Ambas provocam danos severos aos rins.

  • Por que os petiscos estavam contaminados?

Esta é uma das principais perguntas que as investigações tentam responder. Conforme o Ministério da Agricultura, o problema teria sido causado pela contaminação do aditivo propilenoglicol, substância usada para produção de alimentos para animais e humanos, com etilenoglicol. 

A investigação identificou a contaminação em dois lotes de propilenoglicol — AD5053C22 e AD4055C21, ambos vendidos por uma fornecedora de matéria-prima, a Tecnoclean Industrial, com sede em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A empresa alega atuar apenas como revendedora da substância.

O Mapa determinou, nessa terça-feira (7), que todas empresas do setor de alimentação que adquiriram a matéria-prima do fornecedor retirem produtos fabricados e distribuídos ao mercado.

  • Quais marcas estão envolvidas?

Os petiscos envolvidos são das marcas Dental Care, Every Day e Petz Sanack Cuidado Oral, todos fabricados pela Bassar. 

  • O que a substância tóxica causa?

Vômitos, convulsões e diarreias são alguns dos sintomas apresentados por cães supostamente intoxicados por etilenoglicol. A substância também está relacionada a problemas renais. 

  • O que fazer em caso de suspeita de contaminação?

Os tutores devem procurar imediatamente um veterinário após verificarem os sintomas. Além disso, a Polícia Civil também pode ser comunicada, pro meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (rua Martim de Carvalho, 94, Santo Agostinho, Belo Horizonte).

  • O que dizem as empresas?

Responsável pela fabricação dos petiscos contaminados, a Basser, que interrompeu a produção desde a semana passada, diz que “está realizando um recall de todos os seus produtos junto a seus consumidores, solicitando que entreguem no local de venda os itens que já tenham adquirido anteriormente”.

A empresa também diz ser a “maior interessada no esclarecimento dos fatos” e que “apoia as investigações do Mapa e das autoridades policiais”. Além disso, a Bassar diz que todo processo de produção e maquinários da produção de alimentos para animais passa por perícia. 

“A empresa reforça que o etilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa da sua cadeia de produção. A Bassar Pet Food se solidariza com todos os tutores de pets – a razão de nossa empresa existir. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail [email protected]”, finaliza a nota. 

A Tecnoclean Industrial, fornecedora da matéria-prima que estaria contaminada, em comunicado na sede da empresa nesta quinta-feira, informou que atua apenas como revendedora e que, por esse motivo, não possui regulamentação junto ao Mapa. 

Fonte: O Tempo.

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