O câncer colorretal, que levou à morte da cantora Preta Gil, vitima diariamente cinco pessoas em Minas Gerais, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A doença já causou 1.097 mortes no estado apenas em 2025, e mais de 22 mil casos foram diagnosticados entre 2021 e julho deste ano.
Em 2024, foram registradas 2.627 mortes pela doença — média de sete óbitos por dia. Especialistas alertam que o diagnóstico precoce, feito por meio da colonoscopia, pode elevar as chances de cura para até 90%. No entanto, os sinais costumam ser confundidos com doenças benignas, o que atrasa a busca por atendimento médico.
Entre os principais sintomas estão sangramentos nas fezes, perda de peso repentina, anemia, mudanças no formato das fezes e falta de apetite. A oncologista Mariana Cunha, do Hospital Orizonti, alerta que o estilo de vida influencia fortemente o surgimento da doença: cerca de 85% dos casos estão ligados à alimentação inadequada, sedentarismo, consumo de álcool e cigarro, e apenas 15% têm origem genética.
A especialista destaca a importância da colonoscopia para pessoas com 45 anos ou mais, mas reconhece que o preconceito e o medo em torno do exame ainda afastam muitos pacientes. O procedimento é seguro, realizado com sedação e conduzido por profissionais qualificados.
A SES-MG reforça que exames para rastreamento da doença estão disponíveis gratuitamente pelo SUS. Casos como o do auxiliar administrativo Douglas Otto, que descobriu o câncer a tempo graças à colonoscopia, mostram que o diagnóstico precoce pode salvar vidas.
Foto: Instagram / Reprodução @pretagil
Fonte: O Tempo
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