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COLUNA CASULO FEMININO: A grama do mendigo é mais verde?

Por Dentro De Tudo:

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Há alguns dias o caso do mendigo espancado viralizou na internet, tornando-se destaque nacional. No entanto, será que alguém parou para se perguntar o porquê dessa comoção? Traições ocorrem diariamente, de ambas as partes, independente da configuração de relacionamento, seja ele homo, hetero, bi, poliafetivo, etc. Então, o que diferencia essa traição?

A resposta é óbvia, para mim: Quebra de paradigmas!

A população em situação de rua é vista como indesejada, indigna, à margem de qualquer interesse, especialmente o sexual. E na outra ponta desse roteiro, temos um personal trainer, com o estereótipo do físico perfeito, algo que a mídia nos vende como o ímã infalível de mulheres.

Então, como explicar isso?

Para alguns, trata-se de um surto psicótico. Outros, por sua vez justificaram como estupro. Extremistas se valeram da religião para “demonizar” a mulher e mais uma vez nos definirem como traidoras inatas.

Mas sejamos honestos, não há como saber as motivações dela sem uma avaliação profunda, realizada por profissionais. E ninguém está interessado nisso, nem é o meu interesse nesse momento.

Usando essa situação, busco lhes provocar uma reflexão visando repensar os relacionamentos, pois se um alerta foi acionado nessa situação é o de que se não nos atentarmos para as falhas em nossos relacionamentos, não importa quão verde a nossa grama pareça estar, iremos atrás de outra, que faça sentido a nós, não importando o que os outros pensem.

Estar consciente dos próprios desejos e frustrações é regar a grama do próprio jardim, entendendo que não importa o que o mundo tente lhe vender. Somente você será capaz de definir o que busca e aquilo que necessita em cada momento da sua vida.

BRUNA LIMA
Psicóloga e Sexóloga

Bruna Lima é psicóloga, terapeuta sexual e mentora de mulheres. Graduada em Psicologia e pós graduanda em sexualidade humana, ministra cursos e treinamentos coletivos para empoderamento feminino e voltados para a sexualidade feminina. Acredita que as mulheres podem e devem exercer o seu poder para influenciar e construir uma sociedade mais justa e onde as mulheres possam expressar e experenciar sua própria sexualidade.


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