O comportamento compulsivo traz prazer imediato, e em seguida, culpa e ressentimento. Trata-se de um círculo vicioso.
No caso da compulsão alimentar, a pessoa sente a necessidade de comer quando não está com fome e não consegue parar, ainda que se sinta mal.
O fim de um relacionamento, angústias profissionais e familiares, são alguns dos fatores que podem funcionar como gatilho. Porém, situações favoráveis também podem desencadear um episódio compulsivo.
As afetações emocionais não são os únicos pontos problemáticos. A compulsão alimentar favorece o ganho de peso e aumenta a predisposição à hipertensão, diabetes e ao desenvolvimento de outras doenças associadas ao excesso de gordura corporal.
Nem sempre o compulsivo reconhece a situação em que se encontra, mas nesse estágio, quando percebe que há algo fora da normalidade, a culpa e a ansiedade podem se agravar.
Algumas perguntas simples podem ajudar a identificar uma possível compulsão alimentar:
– Já sentiu que não consegue controlar as quantidades que come?
– Pensa constantemente em comida?
– Há culpa quando percebe que comeu mais do que deveria?
– Está sempre de estômago cheio e com mal estar?
– Alguma vez comeu escondido, por medo de julgamentos?
Caso a resposta seja positiva para duas ou mais dessas perguntas, é essencial buscar auxílio médico o quanto antes.
A avaliação por parte de um(a) médico(a) especializado(a) e o acompanhamento com um(a) profissional da saúde mental são fundamentais para controlar, minimizar e neutralizar a compulsão alimentar e restabelecer a qualidade de vida.
Aline Michelle Santos
Psicanalista Clínica
31-99576-1691.