Ao falarmos sobre rigidez emocional, nos referimos a pessoas com excesso de apego às próprias ideias, opiniões e desejos. Que tem dificuldade de reconhecer seus próprios erros e em aceitar opiniões e pontos de vista diferentes. Pessoas com esse comportamento acreditam que só há uma forma correta de viver e pensar.
Conviver com esses indivíduos é desgastante e conturbado, pois estão sempre prontas a ensinar, mas nunca a aprender, como se a vida fosse uma ciência exata. Estão quase o tempo todo tensas e não se desarmam, como se estivessem constantemente em perigo.
Já imaginou como é viver com alguém afirmando constantemente que você errou, pecou, estragou tudo, etc., quando na verdade, apenas não agiu da forma que ele/ela queria?
Crianças criadas em famílias com valores morais e normas de comportamento rígidos são, muitas vezes, duramente punidas e criticadas quando essas regras não são levadas à risca. Pesquisas mostram que adolescentes criados sob regras rígidas e inflexíveis costumam ser introspectivos e ter mais dificuldade de se relacionar socialmente. Em muitos casos, adotam uma vida dupla, ou seja, em casa, obedecem sem discutir, mas da porta para fora, fazem tudo o que eles jamais permitiram. Na fase adulta costumam reproduzir padrões mentais adoecidos e tendem a se sentir constantemente frustrados, já que impõem a si grandes sofrimentos para atenderem às exigências interiores e inconscientes.
Existem, ainda, algumas dores que podem surgir por causa do seu estado emocional. Confira algumas e os motivos comuns que podem desencadeá-las:
– Dor de cabeça: Preocupações. Pessoas que pensam demais e realizam pouco;
– Dor no pescoço/nuca: Forte tensão emocional, conflitos entre a razão e os sentimentos;
– Dor nos ombros: Timidez, medo e insegurança;
– Dor nas costas: Medo, desamparo, insegurança e sobrecarga de tarefas;
– Dor na lombar: Excesso de futuro, ansiedade extrema.
Porém, isso não é uma sentença para a vida inteira.Ser mais flexível é fundamental para o amadurecimento e bem-estar mental e espiritual. Desenvolver o entendimento a respeito da fragilidade humana, é deixar aflorar a sensibilidade e empatia. Isso acontece quando nos tornamos menos exigentes e mais realistas.
É importante questionar-se quanto a necessidade de manter velhas ideias, especialmente aquelas que se apresentam como certas e imutáveis. É natural que em alguns momentos não concordemos com ideias, formas de pensar, agir e atitudes de outras pessoas, mas com a ajuda de um (a) profissional da Saúde Mental é possível nos sentirmos mais fortalecidos, autoconfiantes e flexíveis para podermos praticar a aceitação de nós mesmos e do outro, exercitando diariamente a tolerância, a compreensão e a leveza. Procure ajuda caso se identifique com a temática aqui brevemente abordada.
Aline Michelle Santos
Psicanalista Clínica
31-99576-1691