“Olá pessoaI, meu nome é Júlia Aragão Nogueira de Freitas e resolvi escrever sobre a semana nacional da pessoa com deficiência intelectual e múltipla, onde o tema é transformar conhecimento em ação”.
Muitas pessoas acham que ser deficiente é um problema. Eu tenho a Síndrome de Prader Willi e por isso já ouvi muitas pessoas dizerem que eu não era capaz de fazer várias coisas que eu sonhava em fazer. Mas elas estavam muito enganadas. Vou contar a vocês como sei fazer lindos artesanatos em MDF para vender, me formei na educação de jovens e adultos da APAE de Pedro Leopoldo, que era meu sonho, tenho vários amigos, sou uma moça que adora desafios e o mais legal é que tenho vários colegas e amigos deficientes e claro, cada um do seu jeito e tenho certeza que eles também têm obstáculos para vencer e vitórias para alcançar.
Hoje posso falar para todos que acham que deficiência é uma doença ou um motivo de não podermos ter oportunidades iguais às demais pessoas, estão muito errados, pois temos sim habilidades e capacidade e um propósito de vida como qualquer um. Ao invés de falarmos sobre termos conhecimento sobre as deficiências, que tal abrir o seu coração e conhecer mais pessoas especiais para saber como somos seres humanos únicos, cada um do seu jeito, com capacidades de termos autonomia, sermos protagonistas e termos independência com os apoios necessários”?
Júlia Aragão Nogueira de Freitas
Artesã
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REFLEXÃO
“É tempo de Transformar Conhecimento em Ação”
Refletindo a abordagem da estudante Júlia Aragão e considerando o tema abordado é muito claro que a Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla possui seus direitos adquiridos em muitas legislações, mas pouco praticado enquanto inclusão de protagonismo, de autonomia, independência, e de transformação de conhecimento em ação, falo de transformação da realidade, superando as barreiras que as impedem de participar coletivamente em igualdade de condições com as demais pessoas. É impactante quando a Júlia diz “muitas pessoas dizerem que eu não era capaz de fazer várias coisas que eu sonhava em fazer”, chamo isso de crueldade ou falta de muito conhecimento porque as pessoas com deficiência obtendo os apoios necessários e adequados podem realizar seus sonhos, terem um projeto de vida que seja delas e não da família ou de pessoas próximas. Júlia faz um convite bastante reflexivo: “Ao invés de falarmos sobre termos conhecimento sobre as deficiências, que tal abrir o seu coração e conhecer mais pessoas especiais para saber como somos seres humanos únicos, cada um do seu jeito, com capacidades de termos autonomia, sermos protagonistas e termos independência com os apoios necessários”? Imagina o quanto o mundo seria mais humano, verdadeiro, quantas pessoas seriam menos depressivas, ansiosas e mais felizes se observássemos mais a eficiência e as potencialidades e não enxergássemos as deficiências (aqui descrevo deficiência de forma abrangente para pessoas com e sem deficiência intelectual e múltipla).
ENFIM…
– Eduque essa nova geração para enxergar as pessoas com deficiências diversas com o olhar da eficiência e do amor;
– Converse com seu(sua) filho(a) sobre as diferenças;
– Incentive e ensine seu(sua) filho(a) a incluir as pessoas com deficiência;
– Se necessário assistam filmes que abordam esse assunto com leveza e linguagem própria;
– Acredite que as pessoas com deficiência tem sonhos e projetos de vida que são possíveis de serem realizados com apoios. Ofereça apoio quando perceber que você pode contribuir;
– A exclusão dói, machuca, fere e deixa marcar às vezes irreparáveis;
– Coloque-se no lugar de uma família que possui um filho(a) com deficiência principalmente quando vocês estiverem em espaços coletivos, eles tem prioridades, não precisa de placas para você cumprir o seu papel de um ser humano solidário.
PENSE COM CARINHO
“A diferença é o que nos une”.
“A única linguagem capaz de unir todos é o AMOR, que também pode ser transmitido por gestos”.
Átila Alves de Souza
Professora da APAE de Pedro Leopoldo
Semana da Pessoa com deficiência intelectual e Múltipla de 21 a 28 de agosto de 2021
Tema 2021: “É tempo de Transformar Conhecimento em Ação”
https://apaebrasil.org.br/pagina/semana-nacional-2021
Danielly da Silva Araújo
Formação: Pedagoga/ Pós-graduada em Gestão das Organizações Sociais/ Psicopedagogia (em curso)/ MBA em Liderança e Coaching na Gestão de Pessoas (em curso).
Atuação: Gestora de Escola de Educação Infantil/ Vice-diretora de Escola de Educação Especial
Influencer Digital- criadora de conteúdo
Redes Sociais: Instagram: daniiaraujjo_ / Facebook: Danielly Araújo / Página Facebook “Família em Construção”.
