O padrão de sazonalidade dos vírus respiratórios deve retornar ao padrão pré-pandemia, observado até 2019, em Minas Gerais neste outono, segundo a Fundação Ezequiel Dias (Funed).
Apesar de a Covid-19 ter sido a doença de maior prevalência nos últimos dois anos, a expectativa agora é de que outras doenças respiratórias voltem a dominar os diagnósticos.
A mudança ocorre, em grande parte, devido ao avanço da vacinação e, consequentemente, à diminuição da circulação do coronavírus.
Segundo o responsável pelo Serviço de Virologia da Funed, André Leal, com essas mudanças, os profissionais acreditam que o período sazonal deve ser semelhante ao de 2019.
“Esses padrões muito provavelmente vão retornar, claro que não exatamente igual, mas tende a se normalizar no que a gente chama de período de sazonalidade dos vírus respiratórios. Nós produzimos alguns acompanhamentos, que chamamos de informes laboratoriais. Então, a gente olha para 2019, 2020 e 2021 e, fazendo essa projeção de 2022, projeta essa mudança muito próxima do que foi 2019”, afirma.
O Serviço de Virologia da Funed é responsável pela pesquisa de 15 agentes respiratórios de importância para a saúde pública. O virologista alerta que esses vírus também podem levar a casos mais graves.
“São vírus que são importantes porque eles causam o que a gente chama de síndrome gripal e alguns deles podem levar a agravamentos dos casos, levando à internação, como o vírus influenza e o Vírus Sincicial Respiratório, principalmente em menores de dois anos”, alerta.
Com a chegada do outono, as doenças respiratórias se tornam ainda mais comuns. As temperaturas mais baixas fazem com que as pessoas fiquem em ambientes mais fechados, o que aumenta as chances de contaminação por vírus causadores de doenças como a gripe, o resfriado e também a covid-19.
As alergias respiratórias também podem ser agravadas nesta época do ano, principalmente devido ao tempo seco e à baixa umidade relativa do ar, que aumentam a concentração de poluentes na atmosfera.
