Ex-prefeita de Santa Luzia, Roseli e outros sete acusados vão a júri popular nesta segunda-feira (8) pelo assassinato do jornalista e dono do jornal O Grito, Maurício Campos Rosa, ocorrido em agosto 2016. Roseli é acusada de ter encomendado e financiado a morte do repórter. Conforme as investigações, Roseli teria usado R$20 mil dos cofres públicos para pagar os suspeitos de matar Maurício com sete tiros.
Segundo testemunhas, o jornalista vinha favorecendo a eleição da chapa de Roseli em seu jornal. Os exemplares eram distribuídos nos comitês eleitorais da candidatura por um pagamento de R$100 mil feito pela chapa. Maurício, entretanto, teria exigido um pagamento extra da prefeita a fim de não divulgar irregularidades que havia descobertos na corrida eleitoral.
O jornalista fez ameaças de passar para a oposição e de tornar público desvios de verba realizados pela prefeita. Conforme as investigações da Polícia Civil, cerca de R$80 mil teriam sido desviados da saúde municipal para pagar o aluguel da casa de Roseli.
Roseli Pimentel passou a ser suspeita do crime depois que funcionários da prefeitura denunciaram a polícia que os pertences do jornalista morto teriam sido levados ao gabinete da prefeita. Além disso, documentos encontrados no computador da vítima revelavam a ameaças e negociações feitas com a chefe do executivo de Santa Luzia.
Fonte: Itatiaia.