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Como a abstinência sexual afeta a liderança e o desempenho no trabalho

Por Dentro De Tudo:

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As repercussões da abstinência sexual no desempenho da equipe podem ser sutis, mas significativas

Um fenômeno conhecido como “apagão sexual” tem atraído cada vez mais a atenção de psicólogos e sociólogos e, agora, também virou assunto para líderes de empresas e profissionais de RH.

Esse cenário – que define um declínio significativo na atividade sexual, especialmente entre jovens adultos – tem implicações que vão muito além do que se imagina. Influencia o bem-estar geral, a dinâmica social e até mesmo a liderança e o desempenho no trabalho.

A onda de endorfina e outros hormônios indutores de felicidade relacionados à atividade sexual, como a dopamina e a ocitocina, desempenha um papel fundamental na mentalidade de liderança e no engajamento.

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Os líderes que apresentam níveis mais elevados desses hormônios tendem a demonstrar mais empatia, paciência e criatividade em suas funções. Esses estímulos emocionais e psicológicos podem melhorar a tomada de decisões e promover a inovação e a colaboração.

A abstinência sexual suscitou debates sobre as suas causas, desde distrações com as redes sociais até pressões econômicas e transformações nas normas sociais. Em 2021, um total de 26% dos americanos com 18 anos ou mais não faziam sexo há um ano, de acordo com a pesquisa sociológica General Social Survey de 2021. Especialistas observam a mesma tendência no Brasil.

Como isso afeta a liderança

Liderança não envolve apenas definir metas e gerar receita. Trata-se de compreender e navegar pelas dinâmicas pessoais e sociais que influenciam o desempenho da equipe.

Além do ato físico, o sexo promove conexões íntimas, que são fundamentais para o apoio emocional e a compreensão entre os parceiros. Essas relações contribuem significativamente não apenas para o aumento dos níveis hormonais, mas também para a felicidade.

A onda hormonal melhora o humor e reduz os níveis de estresse, promovendo uma sensação de bem-estar. O efeito redutor do estresse pode levar a um comportamento mais sereno, permitindo que os líderes enfrentem situações de alta pressão com uma abordagem calma e equilibrada.

Por outro lado, quando uma pessoa, especialmente um líder, não está nesse estado de liberação de endorfinas, isso pode causar:

Falta de coesão na equipe: Os laços sociais são mais fracos, pois as pessoas são menos propensas a se envolver em atividades que promovam relacionamentos pessoais próximos;
Aumento dos níveis de estresse: A falta de conexões pode levar a níveis mais elevados de estresse e ansiedade, afetando o desempenho geral no trabalho;
Diminuição da produtividade: O bem-estar dos membros da equipe está intimamente ligado à produtividade. Um declínio no bem-estar pessoal pode levar à redução das entregas ou na qualidade delas;
Desafios na motivação: Motivar uma equipe que enfrenta problemas pessoais requer compreensão e esforço;
Risco de cultura de trabalho tóxica: Como líder, você deve criar um ambiente de trabalho que promova a inclusão e a segurança psicológica. A falta de conexões pessoais pode levar a um aumento dos sentimentos de isolamento e contribuir para a manutenção de culturas de trabalho tóxicas.

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Como afeta a equipe

As repercussões do apagão sexual no desempenho da equipe podem ser sutis, mas significativas. Aqui está o que você pode notar:

Menor engajamento: Profissionais que estão pessoalmente insatisfeitos podem demonstrar menos entusiasmo e engajamento no trabalho;
Aumento do absenteísmo: Problemas de saúde mental decorrentes da solidão ou da falta de relações íntimas podem resultar em ausências mais frequentes;
Dificuldade de colaboração: A colaboração requer empatia e compreensão, que podem ser prejudicadas pelo isolamento ou por problemas pessoais.

Como liderar em um cenário de abstinência sexual

Ser um bom gestor nesse cenário significa adaptar o seu estilo de liderança para enfrentar os desafios apresentados.

Promova a comunicação aberta

Criar uma cultura em que os membros da equipe se sintam confortáveis ​​em compartilhar seus problemas profissionais pode ajudá-lo a resolver as questões antes que elas afetem o desempenho.

Promova o equilíbrio entre vida profissional e pessoal

Incentivar um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal pode ajudar os funcionários a controlar o estresse e a manter o bem-estar. Os líderes podem implementar horários de trabalho flexíveis, permitindo que os funcionários adaptem os seus horários em função das obrigações e preferências pessoais, reduzindo o estresse e aumentando a produtividade. Além disso, podem incentivar pausas regulares e momentos de desconexão de dispositivos eletrônicos, o que ajuda a prevenir o esgotamento e a melhorar a saúde mental.

Ofereça apoio

Fornecer acesso a recursos de saúde mental ou serviços de aconselhamento demonstra cuidado com o bem-estar geral da sua equipe, para além do desempenho deles no trabalho.

Incentive programas de exercícios físicos

Incentive sua equipe a incorporar a atividade física nas suas rotinas diárias. Isso pode ser feito com um desafio para toda a empresa que rastreie etapas ou minutos ativos, recompensas para quem praticar um esporte ou um evento que leve todos a fazer um treino juntos, o que ajuda a motivar a equipe. Além disso, oferecer subsídios para inscrição em academias ou criar um espaço dedicado à prática de exercícios no escritório pode tornar a atividade física mais acessível e atraente.

Como motivar sua equipe

Organize atividades que incentivem conexões e amizades genuínas entre os membros da equipe;
Reconheça pública e pessoalmente o trabalho e as conquistas da sua equipe;
Ofereça oportunidades de crescimento profissional.

Ao compreender as mudanças sociais que podem estar afetando a sua equipe e adaptar sua abordagem de liderança de acordo com isso, você vai conseguir manter o desempenho, o engajamento e a satisfação do time.

Os bons líderes reconhecem que os problemas no ambiente de trabalho estão frequentemente relacionados com a vida pessoal dos profissionais.

*Cheryl Robinson é colaboradora da Forbes US, autora da série de livros infantis “The Happy Habits Club”, doutora em educação em liderança organizacional e apresentadora do podcast Embrace the Pivot.

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