Especialistas alertam sobre os riscos da baixa umidade, calor extremo e poluição atmosférica, oferecendo orientações práticas para minimizar impactos respiratórios e cuidar da pele
O cenário de calor extremo no Brasil, combinado com a baixa umidade do ar, falta de chuva e a poluição atmosférica, especialmente agravada pelas queimadas, representa uma séria ameaça à saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade do ar ideal para o bem-estar humano deve estar acima de 40%, mas em muitas regiões do Brasil, esse nível tem ficado muito abaixo, expondo a população a uma série de riscos.
Segundo o farmacêutico e coordenador do Núcleo de Pesquisa e Inovação do Grupo Farmácia Artesanal, Mário Abatemarco, é essencial que a população adote medidas preventivas para proteger a saúde. “A falta de umidade no ar pode ressecar as vias respiratórias, facilitando a entrada de poluentes e aumentando a incidência de doenças como rinite, bronquite e asma. Para atenuar esses efeitos, é fundamental manter a hidratação constante e umidificar os ambientes internos”, afirma.
Dentre as principais consequências dessas adversidades climáticas, Abatemarco destaca também os impactos na pele. “O ressecamento excessivo da pele também é uma queixa comum durante esse período. Além de beber bastante água e usar filtro solar, é importante utilizar hidratantes específicos e buscar alimentos ricos em água e nutrientes que ajudam a fortalecer o sistema imunológico”, complementa.
Diante desse cenário, é possível encontrar no mercado de farmácias de manipulação produtos personalizados que auxiliam nos cuidados com a saúde, como soluções naturais para hidratação e fórmulas específicas para melhorar a respiração e aliviar os sintomas de alergias, além de cuidados para a pele. A quercetina, por exemplo, é um flavonoide com propriedades anti-histamínicas naturais que pode ser utilizada em associação com a Vitamina C e o Zinco que auxiliam reforçando e regulando a resposta imunológica, o que pode contribuir para o tratamento dos sintomas da rinite e das alergias respiratórias de uma forma geral.
Orientações práticas para minimizar os efeitos do clima seco:
– Hidratação constante: Beba ao menos 2 litros de água por dia.
– Umidificação de ambientes: Utilize umidificadores ou bacias de água para aumentar a umidade do ar em casa.
– Cuidados respiratórios: Use soluções salinas (soro fisiológico) para limpar as vias respiratórias e, caso necessário, consulte um especialista para ajustar medicações.
– Alimentação adequada: Priorize alimentos ricos em água, como frutas, e aqueles que fortalecem o sistema imunológico como ovos, iogurte natural, carnes magras, verduras verdes-escuras.
– Cuidados com a pele: Hidrate a pele regularmente com produtos indicados para o clima seco e use filtro solar.
“A prevenção é o melhor caminho para evitar complicações. Além dos cuidados básicos, é importante estar atento aos sinais do corpo e buscar orientação profissional sempre que necessário”, finaliza Mário Abatemarco.