A Black Friday e o Natal representam as datas mais rentáveis para o varejo brasileiro, mas o aumento significativo das compras online nesse período também atrai cibercriminosos em busca de brechas nos sistemas de segurança dos ecommerces. Durante a Black Friday de 2024, foram identificadas aproximadamente 18 mil tentativas de fraude, que poderiam ter gerado prejuízos de R$ 27,6 milhões se não tivessem sido interceptadas. De acordo com dados da Cloudflare, ataques como DDoS (negação de serviço distribuída) tiveram um crescimento de 78% no quarto trimestre de 2024, explorando o período de maior movimentação para sobrecarregar sites e extorquir empresas.
Os ataques cibernéticos não afetam apenas o faturamento das empresas, mas também podem comprometer a reputação dos negócios e abalar a confiança dos clientes em compras futuras. Em períodos tão cruciais para as vendas, investir em soluções robustas de proteção digital é fundamental para ajudar as empresas a se destacarem em um mercado altamente competitivo, além de transmitir segurança aos clientes em relação às compras em suas lojas online.
Durante a Black Friday e o Natal, os cibercriminosos intensificam ataques sofisticados, aproveitando o aumento do tráfego online. Entre os golpes mais comuns estão o ransomware, que criptografa dados essenciais da loja e paralisa operações até que um resgate seja pago; o DDoS, que sobrecarrega servidores, tornando os sites indisponíveis; e o skimming/Magecart, que insere códigos maliciosos em páginas de checkout para roubar informações de cartões de crédito em tempo real. Essas ameaças não apenas expõem os clientes a riscos financeiros e de roubo de identidade, mas também mancham a reputação das lojas e as tornam suscetíveis a multas por violação de leis de privacidade.
Para proteger a operação online durante a Black Friday e o Natal, é essencial adotar medidas estratégicas que cubram toda a infraestrutura digital. O primeiro passo é realizar uma análise detalhada de vulnerabilidades para identificar e corrigir possíveis falhas antes que o tráfego online aumente. Auditorias de segurança e testes de penetração também são importantes para prever ataques e ajustar a defesa digital de forma preventiva.
Outras soluções que podem ajudar no fortalecimento da segurança incluem a implementação de ferramentas de SD-WAN e Anti-DDoS, que organizam a rede de forma inteligente e protegem os servidores contra ataques que visam sobrecarregar o site durante picos de acesso. A criptografia de dados e a restrição de acessos são fundamentais para proteger informações sensíveis dos clientes e da empresa, garantindo conformidade com a LGPD e reduzindo os riscos de violações de dados.
Capacitar a equipe é uma estratégia essencial, já que os colaboradores são a primeira linha de defesa contra ataques baseados em engenharia social. Eles devem ser treinados para identificar e-mails suspeitos e reconhecer sites falsos. Monitorar transações e acessos, configurando alertas automáticos, também ajuda a conter ameaças de ações como múltiplas tentativas de login e compras com valores atípicos. A exigência de autenticação multifator fortalece a proteção contra acessos indevidos, enquanto a implementação de filtros antifraude bloqueia automaticamente transações suspeitas.
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Foto: Ligga Telecom via g1.
