Companhias aéreas brasileiras lançam novas categorias de passagens: tarifas mais baratas e opções premium prometem mudar o setor

Por Dentro De Tudo:

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As principais companhias aéreas do Brasil estão reformulando suas categorias de passagens, criando novos tipos de tarifas — desde versões econômicas mais restritas até opções premium com mais conforto e flexibilidade. A medida, segundo especialistas, tem o objetivo de aumentar a receita sem elevar o preço das passagens tradicionais, equilibrando custos e oferecendo alternativas para diferentes perfis de passageiros.

A Latam Airlines foi uma das primeiras a anunciar mudanças, lançando novas tarifas na classe Premium Economy para voos na América do Sul. Agora, o passageiro pode escolher entre a Premium Economy Full — com direito a reembolso sem multa, bagagem despachada, seleção de assento premium e embarque prioritário — e a Premium Economy Standard, que tem custo menor, mas limita alterações e reembolsos.

A companhia também anunciou um investimento de US$ 100 milhões para criar a cabine Premium Comfort, prevista para 2027, nos aviões Boeing 787. A nova categoria terá assentos mais largos, telas 4K, tomadas individuais e conectividade Bluetooth, prometendo uma experiência intermediária entre as classes Business e Econômica.

Já a Gol Linhas Aéreas lançará, a partir de 14 de outubro, a tarifa Basic — uma categoria mais econômica que não permite bagagem de mão gratuita, apenas uma bolsa ou mochila de até 10 kg. Essa tarifa, inicialmente disponível em voos internacionais, será implementada na rota Rio de Janeiro (Galeão) – Montevidéu, no Uruguai.

A Gol manterá ainda as tarifas Light, Classic e Flex, enquanto continua oferecendo a Premium Economy, que garante reembolso integral antes do embarque.

A Azul Linhas Aéreas, por sua vez, chegou a lançar a cabine Economy Prime, voltada para voos internacionais, mas suspendeu a comercialização no segundo semestre de 2025.

De acordo com o especialista Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes, essa diversificação é uma tendência global. “As empresas estão buscando recuperar o equilíbrio financeiro após o processo de reestruturação. As classes premium subsidiam as tarifas mais baratas e mantêm o setor competitivo”, explicou.

Para Adalberto Febeliano, ex-diretor da Azul e especialista em aviação civil, a mudança também beneficia passageiros com necessidades específicas. “Se o viajante vai e volta no mesmo dia e não precisa de mala, não faz sentido pagar por um serviço que não vai usar. A flexibilidade de escolha é positiva”, afirma.

As novas tarifas representam um movimento estratégico das companhias brasileiras para modernizar seus serviços e se alinhar às práticas internacionais, oferecendo desde viagens mais acessíveis até experiências mais luxuosas e exclusivas a quem pode investir mais.

📸 Crédito da foto: Pixabay / Reprodução

📍 Fonte: Jornal O Tempo

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