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Compras indevidas nos cartões de crédito estão entre os principais golpes financeiros 

Por Dentro De Tudo:

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Os cartões de crédito estão na mira dos estelionatários. Adotados por mais de 70% dos brasileiros, conforme levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (Serasa), o serviço é um dos principais alvos de golpes financeiros no mercado atualmente. De acordo com a pesquisa Radar Febraban (Federação Brasileira de Bancos), realizada entre maio e junho deste ano, 64% dos 3 mil entrevistados já foram vítimas de golpes relacionados ao uso deste meio de pagamento. A pesquisa informou ainda que três em cada dez brasileiros já foram vítimas de diferentes tipos de golpes financeiros ou tentativas de fraudes. 

Analisando o mercado como um todo, a estimativa é de que as fraudes nos cartões de crédito atinjam, em média, 5% do volume de transações realizadas. Mas o que fazer para prevenir situações como essas e o que fazer em caso de compras não identificadas no cartão? 

De acordo com o coordenador de Empresas Parceiras e Cartões do Banco Mercantil, Farley Magalhães Ferreira, para evitar a ação dos criminosos, é preciso redobrar os cuidados e a atenção com o cartão. “Deixe-o guardado em um local de difícil acesso e longe da senha, que também não deve ser passada a terceiros. Confira sempre se os valores digitados na maquininha estão corretos e se o cartão devolvido pelo vendedor, na hora da compra, é o mesmo. Fique de olho quando for comprar online. Pesquise e veja se o site é seguro, há quanto tempo foi criado, olhe os detalhes. Os criminosos conseguem enganar suas vítimas, criando sites fakes ou fazendo alterações quase imperceptíveis em endereços na internet de estabelecimentos comerciais conhecidos.  Colocam, por exemplo, um ponto a mais ou mudam uma letra. Duvide de promoções muito tentadoras, com ofertas nada razoáveis”, alerta ele, esclarecendo ainda que os bancos jamais mandam funcionários às casas de seus clientes e nunca ligam pedindo os números do cartão e senhas”, orienta. 

Se, ainda assim, houver uma compra não identificada, a vítima deve entrar em contato imediatamente com os canais de comunicação da instituição financeira da qual é cliente e informar que não reconhece a transação. Segundo Farley, há dois procedimentos mais comuns realizados pelas instituições financeiras. “Nas compras online, o atendente pode fazer o estorno daquele valor, cancelar o cartão e emitir outro, abrindo um procedimento para checar o caso. Entramos em contato com a bandeira do cartão, informando sobre a suspeita de fraude, e ela, por sua vez, entra em contato com o estabelecimento, que tem alguns dias para apresentar a prova de que o cliente realmente efetuou aquela compra. Se ficar comprovada a fraude, o valor é ressarcido”, explica. 

Já nas compras físicas, os bancos costumam adotar outra postura. “A responsabilidade pela segurança do cartão e da senha é do próprio cliente. Por isso, embora ele não reconheça, a compra feita presencialmente exime o banco do ressarcimento”, explica. Nesses tipos de situações, acrescenta o profissional, é muito comum que parentes ou pessoas próximas da vítima tenham pegado o cartão e efetuado compras sem o sméteu conhecimento. 

O coordenador do Mercantil destaca que os fraudadores empregam diferentes métodos para clonar o cartão de crédito e roubar os dados, e assim efetuar compras indevidas em nome da vítima, que só se dá conta do problema, muitas vezes, quando chega a fatura. “O fraudador pode ir à casa do cliente com crachá identificando-se como funcionário de determinada instituição financeira, pedir o cartão, com alguma desculpa, e trocá-lo em segundos, sem a outra pessoa perceber. Usam ainda o golpe do falso motoboy, que também vai à casa do cliente para ‘trocar’ o cartão, dizendo que está com defeito. O cartão pode ser também roubado na hora da compra no estabelecimento comercial, com um falso vendedor. Costumam, ainda, mandar SMS ou mensagem pelo WhatsApp, informando que foi realizada uma compra de alto valor no cartão, devendo, caso não seja reconhecida, ser cancelada via 0800. O cliente liga e passa suas senhas, mas o número é fake”, descreve. 

“Aqui no Mercantil nosso índice de golpes no cartão é baixíssimo, de apenas 1% do total de compras. Isso se deve a uma forte política antifraude adotada pela instituição, que realiza um fórum semanal com as operadoras e processadoras. Fazemos um monitoramento diário e conseguimos barrar a grande maioria das transações suspeitas”, informa, acrescentando que o banco investe, por ano, mais de R$ 200 milhões em segurança digital.  

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