Após uma longa jornada iniciada em 2008, o Congado foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil nesta terça-feira (17), durante a 109ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Belo Horizonte. A decisão representa uma conquista histórica para as comunidades congadeiras e um marco na valorização da cultura afro-brasileira.
A solicitação pelo reconhecimento foi feita pelas prefeituras de Uberlândia, Uberaba, Campos Altos, Ibiá, Frutal e Monte Alegre de Minas, que atuaram em conjunto para formalizar o pedido junto ao Iphan. O processo envolveu a produção de material técnico e audiovisual, levantamentos documentais, visitas de campo e seminários, com destaque para os trabalhos realizados em 2019.
Com a aprovação, a medida aguarda homologação do Ministério da Cultura e publicação no Diário Oficial da União, para então ser inscrita no Livro de Registro dos Saberes. Segundo representantes das guardas, o reconhecimento fortalece a salvaguarda das tradições e garante mecanismos de preservação para as futuras gerações.
“Esse registro é fruto da luta de nossos ancestrais. Agora temos um instrumento de proteção que vai além do papel. É memória, é resistência, é futuro”, declarou uma das lideranças presentes na cerimônia.
O Congado é uma manifestação cultural e religiosa que une fé, música e ancestralidade. Realizada principalmente nos meses de maio, outubro e dezembro, a festa homenageia santos católicos e divindades de origem africana, com rituais marcados por danças, cânticos, cores vibrantes e instrumentos percussivos.
📸 Foto: Danilo Henriques / Secretaria de Comunicação / PMU
📄 Fonte: G1 Triângulo / TV Integração
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