A expectativa pela Black Friday, que neste ano será realizada no dia 26 de novembro, já tem levado o consumidor a pesquisar e comparar os preços de produtos nas lojas. Uma pesquisa feita pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) aponta que os lojistas da capital mineira estão otimistas com a data e que o tíquete-médio gasto nos presentes deve ficar em R$ 261,72. Segundo a CDL-BH, para atrair o consumidor e espantar o prejuízo dos últimos meses, os descontos podem chegar a até 70%.
“O crescimento da expectativa de vendas é um reflexo da retomada da economia que, felizmente, já vem ensaiando um crescimento ao longo dos últimos meses. Além de fatores como avanço da vacinação, teremos também o pagamento antecipado do 13º salário do funcionalismo público municipal e do pagamento em dia do estadual. Isso significa mais de um bilhão de reais injetados na economia. Para a Black Friday, estima-se que as vendas vão movimentar mais de dois bilhões de reais”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
A empreendedora Flávia Juliana Ramos, 37, que foi ao Boulevard Shopping, na região Leste, na tarde de ontem, diz que não está interessada em um produto específico, mas que está ‘dando uma olhada geral’ para quem sabe garantir algum produto com desconto na data comemorativa do comércio. “Em outros anos eu já comprei e tive uma boa experiência. Já comprei cosméticos, roupas e sapatos. Algumas coisas eu acredito que tem desconto, mas não muitas”, afirmou.
Pouco entusiasmada, a comerciante Cristina Maciel, 51, afirmou que não está tão confiante nas promoções, mas diz que vai seguir pesquisando os preços. “Não estou muito entusiasmada, porque é mais propaganda do que preço de bom de verdade, mas, mesmo assim, na semana que vem vou estar aqui (no shopping) para conferir”, explicou ela.
Na fila com os filhos para tirar foto com o Papai Noel, a farmacêutica Vivian Maia Camargos, 44, já faz as contas para ver quanto pode gastar na Black Friday. “A gente está sempre de olho, sempre pesquisando. Então, acho que está compensando sim. Teve um ano que eu comprei um celular e saiu muito em conta”, afirma Vivian.
Para não cair em golpes, o coordenador do Procon-MG, Glauber Tatagiba explica que os consumidores precisam ter atenção às ofertas. “Os preços muito baixos podem indicar sinal de golpe ou de qualidade muito inferior ao anunciado. O consumidor deve desconfiar de lojas que tenham boleto e PIX como únicas formas de pagamento, porque isso significa mais dificuldade em reaver o dinheiro”, orienta.
O especialista explica que é preciso pesquisar a reputação da loja e guardar todos os registros de compra.
-Busque informações sobre a reputação do vendedor
-Muitos sites ou comentários em redes sociais indicam o que os clientes estão falando sobre determinada empresa. Pesquise e fique atento a eles.
-Preços muito abaixo do mercado podem indicar golpe. Além disso, tenha cuidado ao comprar em lojas estrangeiras, que podem tem o valor final acrescido de impostos. Elas podem também não ter representações no Brasil, o que dificulta reclamaçoes.
-Fique atento a formas de pagamento
-Desconfie de lojas que tenham boleto e PIX como únicas formas de pagamento, porque fica difícil fazer o rastreamento em caso de golpe.
-Guarde todos os registros de compra.Vale e-mail de confirmação da compra, comprovante de pagamento e o código de rastreio da compra. Caso sofra eventual problema, é fundamental conseguir provar que fez a compra.
– O consumidor tem sete dias para se arrepender das compras feitas pela internet e devolver o produto
-Caso se sinta lesado, procure, em primeiro lugar a loja. Depois, faça um agendamento no Procon de sua cidade. Se ainda assim o problema não se resolveu, acione o Juizado Especial de Consumo.