A conta de luz dos consumidores brasileiros deve ter um aumento médio de 8% em 2026, segundo estimativa da TR Soluções, empresa especializada em tarifas de energia. Esse cálculo é baseado em uma média ponderada das 51 distribuidoras de energia elétrica do Brasil, sem considerar impostos ou bandeiras tarifárias.
Os maiores aumentos estão previstos para as regiões Sul e Sudeste, com uma alta de 9,5% em ambas. No Centro-Oeste, a expectativa é de um aumento de 6,7%, enquanto o Norte deve registrar um aumento de 7,6% e o Nordeste, um aumento de 4,4%.
A Lei 15.235/25 é um dos principais fatores que contribuem para esse aumento, uma vez que a ampliação da tarifa social deve elevar os custos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que representa cerca de 12% da conta de luz. As novas regras estabelecem a gratuidade para o consumo de até 80 KWh por mês para famílias em situação de vulnerabilidade econômica, beneficiando milhões de brasileiros que estão inscritos no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo por pessoa, além de beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e comunidades indígenas e quilombolas.
Adicionalmente, a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) também deve aumentar em cerca de R$ 10/MWh devido à mudança na forma de cobrança da energia das usinas Angra 1 e 2, que será tratada como um encargo setorial compartilhado entre todos os consumidores, sejam eles cativos ou livres.
Entretanto, há uma expectativa de alívio parcial nas contas de luz com a redução dos custos da Energia Reserva, em decorrência do fim do suprimento de energia do Programa Competitivo Simplificado (PCS), criado em 2021 devido à crise hídrica. O PCS representa um custo de R$ 8 bilhões aos consumidores em 2025, dos quais R$ 5 bilhões deixarão de ser cobrados em 2026. A TR Soluções prevê uma redução líquida de R$ 2,4 bilhões na receita fixa total da Energia Reserva no próximo ano.
Fonte: Poder 360
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