Com o início do período chuvoso se aproximando, é comum que haja um aumento dos casos de dengue na cidade, uma vez que o mosquito Aedes aegypti se reproduz em água parada. Com isso, a Coordenação do Controle da Dengue de Sete Lagoas retomou as reuniões presenciais esta semana, envolvendo vários setores da Prefeitura, como Obras, Codesel, SAAE, Epidemiologia e Meio Ambiente.
As equipes do Controle da Dengue já realizaram este ano vários mutirões de limpeza em diversas regiões, com manejo ambiental e retirada de inservíveis nos bairros Itapuã I e II, Vale do Aritana, Alvorada, Planalto, Nossa Senhora do Carmo II, São Francisco de Assis e, mais recentemente, no bairro Manoa. “Os próximos mutirões estão agendados para o final de agosto nos bairros Orozimbo Macedo e Nova Cidade e, em setembro, nos bairros Belo Vale I e II e Jardim dos Pequis. Em outubro estaremos nos bairros Santa Luzia, Recanto da Serra e Vila do Ipê. Já em novembro iremos aos bairros Padre Teodoro I e II, terminando em dezembro no bairro Ondina Vasconcelos”, informa o gerente do Controle da Dengue no município, Adriano Marcos.
Na reunião presencial foram repassadas demandas colhidas pelos mais de 180 agentes de endemias que percorrem a cidade orientando moradores e comerciantes sobre como evitar a proliferação do mosquito. Entre as demandas, estão bueiros sem tampa ou com lixo, bota-foras clandestinos, esgotos estourados, água parada, terrenos baldios com mato alto, vazamento de água, entre outras, todas devidamente encaminhadas aos respectivos setores.
Adriano lembra que a dengue é uma doença endêmica em Sete Lagoas, com epidemias acometendo mais de 30 mil pessoas nos últimos cinco anos, e faz um alerta para o próximo ano. “As últimas epidemias de dengue ocorreram em 2010, 2013, 2016 e 2019, sendo que a epidemia de 2013 teve a maior magnitude de toda a série histórica do município. Devido a essa série histórica, existe a possibilidade de termos uma nova epidemia em 2022. Somente em 2020 tivemos mais de 4.300 casos”, revela.
Em 2021, no entanto, os números são positivos. No primeiro semestre deste ano foram 450 notificações de arboviroses (dengue, Chikungunya e o Zika vírus) em Sete Lagoas, sendo 444 casos notificados de dengue, com somente 22 casos confirmados. Para efeito de comparação, no mesmo período do ano passado foram registradas 4.019 notificações, com 1.162 casos confirmados. Já em relação ao Chikungunya, foram duas notificações, ambas descartadas, e quatro notificações de Zika vírus, também todas descartadas, segundo o gerente de Controle da Dengue. Os bairros com maior incidência de dengue esse ano são Nossa Senhora das Graças, Santa Rosa, Itapuã, Montreal, Padre Teodoro, Boa Vista, Cidade de Deus, Interlagos I, Verde Vale, Vapabuçu, Alvorada, Jardim Primavera e Nossa Senhora do Carmo I.
O gerente lembra que, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, a população não deve relaxar nos cuidados contra a dengue. “A dengue mata, se você não cuidar”, reforça. Confira como evitar a proliferação do mosquito transmissor:
• Mantenha os tambores sempre tampados, é um dos criadouros onde o foco do mosquito é mais encontrado em nosso município;
• Retire os pratinhos dos vasos de plantas ou coloque areia neles e não deixe que água se acumule nas folhas das plantas;
• Lave as vasilhas de água dos seus animais domésticos semanalmente com água, bucha e sabão;
• Verifique se há algum ralo entupido ou caixa de passagem na casa e mantenha todos fechados quando estiverem fora de uso;
• Retire as folhas e outros tipos de sujeira que impeçam o fluxo da água nas calhas;
• Mantenha a caixa d’água sempre limpa e tampada.