A Copasa está desenvolvendo uma campanha de mobilização social com o projeto Vem pra Rede. Com essa ação, a companhia incentiva a população que ainda não está conectada à rede de esgoto para regularizar sua situação. Além disso, o projeto conscientiza os moradores sobre a importância da ligação dos imóveis à rede pública de esgoto, propiciando a melhoria da qualidade de vida do meio ambiente, da saúde da população e da valorização dos imóveis.
Na Região Metropolitana, o projeto da Copasa está sendo executado nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Capim Branco, Esmeraldas, Funilândia, Ibirité, Jaboticatubas, Lagoa Santa, Mateus Leme, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Prudente de Morais, Raposos, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, São José da Lapa e Vespasiano. Durante as visitas, os moradores podem aderir aos serviços de esgotamento sanitário. A companhia precisa dessa adesão do morador para evitar que o esgoto chegue à lagoa.
A empresa tem sensibilidade social e oferece ao morador de baixa renda que for cadastrado no CadÚnico a construção do ramal interno e a ligação à sua rede gratuitamente. Todos os levantamentos realizados pela Copasa são informados às secretarias municipais de Meio Ambiente para que sejam tomadas as providencias junto aos moradores ainda não conectados à rede de esgotamento sanitário disponível.
Intervenção ambiental e social
Segundo a chefe do Executivo de Contagem, a despoluição da lagoa da Pampulha passa pela intervenção ambiental e social. “Não tem solução para o saneamento se não pensarmos em investimento social. Hoje, para limpar a lagoa, nós precisamos de uma solução ambiental, que é colocar interceptores de esgoto e levar o esgoto até a estação de tratamento. Precisamos também de soluções sociais, que é garantir moradias dignas para a população”, afirmou Marília Campos.
Ela lembrou também que a limpeza da lagoa está diretamente relacionada com a cidade de Contagem. Isso porque 54 quilômetros quadrados da bacia hidrográfica da Pampulha estão no município, sendo 79% pertencentes a Contagem e outros 21% à capital, como os córregos Tapera, Sarandi e Bom Jesus, que alimentam a Lagoa da Pampulha. Muitos deles, com recepção direta de esgoto.
“O que nós precisamos fazer em Contagem é colocar interceptores de esgoto, acessíveis, que a população possa de fato ligar. Nós precisamos redimensionar as redes que já foram construídas. Na nossa avaliação, elas estão subdimensionadas em função do adensamento populacional de Contagem. Hoje, a rede não suporta esse adensamento, incluindo as regiões caracterizadas por alta vulnerabilidade social, de pessoas que moram à beira dos córregos”, afirma a prefeita de Contagem.