Um estudo publicado na revista The Lancet HIV alerta que cortes no financiamento internacional podem reverter décadas de progresso no combate ao HIV/AIDS, resultando em um aumento significativo de infecções e mortes relacionadas ao vírus. De acordo com a análise, a redução do apoio financeiro pode levar até 10,8 milhões de novas infecções e 2,9 milhões de mortes até 2030.
Os países mais afetados serão os de baixa e média renda, especialmente na África Subsaariana, onde programas financiados por iniciativas internacionais, como o PEPFAR (Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio da AIDS), são responsáveis pelo acesso a tratamentos antirretrovirais e outros serviços essenciais.
O financiamento internacional tem sido crucial, com doadores como os EUA, Reino Unido, França, Alemanha e Holanda contribuindo com mais de 90% dos recursos. No entanto, cortes substanciais foram anunciados, incluindo a suspensão temporária do financiamento dos EUA, o que pode levar a um aumento alarmante de infecções por HIV e até o fechamento de clínicas e demissões em massa no setor da saúde.
Esses cortes, se não revertidos, podem resultar em um retrocesso nos avanços no combate ao HIV, levando a uma recriação da crise de infecções e mortes que marcou as décadas de 1980 e 1990, quando milhões morreram por complicações relacionadas ao HIV.
Fonte: G1
Foto: Fábio Silva/Secretaria de Saúde de Contagem/Arquivo
