O caso de um coveiro de 25 anos preso em flagrante por agredir brutalmente a companheira em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ganhou novos desdobramentos nesta semana. Mesmo após o episódio de violência, que durou cerca de quatro horas, o homem foi liberado pela Justiça no domingo (12), após audiência de custódia, mediante cumprimento de medidas cautelares.
De acordo com o boletim de ocorrência, o crime ocorreu na madrugada de domingo, por volta das 2h, em uma casa no bairro Palmital. A vítima relatou que o agressor, sob efeito de álcool, a espancou com socos, chutes, puxões de cabelo e golpes com um pedaço de pau. Durante o ataque, ele ainda teria dito que “a próxima cova que cavaria seria a dela”. As agressões só cessaram por volta das 6h40, quando o homem saiu para o trabalho — justamente em um cemitério na capital.
O suspeito foi preso em flagrante em seu local de trabalho, no Cemitério Bosque da Esperança, e levado à delegacia. A mulher, que vive com ele há seis anos e tem uma filha de dois, confirmou que as agressões são recorrentes e se intensificam quando o companheiro consome drogas ou bebidas alcoólicas.
Apesar da gravidade dos fatos, o Ministério Público se manifestou favorável à concessão da liberdade provisória. O juiz responsável pelo caso considerou que, embora existam indícios de autoria e materialidade, não há “risco atual ou efetivo à ordem pública”. A decisão impôs medidas restritivas, como manter distância mínima de 500 metros da vítima, não manter contato e comparecer a todos os atos processuais.
O pai do agressor afirmou à reportagem que as brigas entre o casal são constantes e disse esperar que os dois se separem definitivamente. “Eles sempre brigam, todo dia. Espero que não voltem mais. Se voltarem, que vão morar longe, porque a família não merece viver isso”, desabafou.
O caso segue sob investigação pela Polícia Civil, enquanto a vítima permanece sob medidas protetivas.
Foto: Imagem ilustrativa / Itatiaia
Fonte: Rádio Itatiaia