O mês de janeiro terminou como o de maior contágio da Covid-19 desde o início da pandemia. Foram 489.596 casos registrados nos primeiros 31 dias do ano. O dado representa quase o dobro do que havia sido contabilizado em março de 2021, no pior momento da pandemia, quando houve 245 mil diagnósticos da doença.
Em janeiro, Minas Gerais bateu vários recordes de contaminação da doença, sendo que as 14 maiores marcas de casos em 24h foram registradas neste mês. O atual recorde é do último dia 28, quando o estado contabilizou mais de 40 mil pessoas com a doença.
Apesar da contaminação recorde, o número de mortes cresceu, mas de forma muito menos intensa. Foram 655 vítimas do coronavírus, aumento de 42% em relação a dezembro. Porém longe do que foi visto em abril de 2021, que lidera esse ranking, com mais de 9 mil óbitos por complicações da Covid-19.
Os especialistas relacionam esse cenário de crescimento de casos e mortes à circulação da variante ômicron, que é comprovadamente mais transmissível. O Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou que o cenário só não foi catastrófico devido à vacinação. Segundo ele, o estado deve passar pelo período de recrudescimento dentro de duas a três semanas.
Em relação a ocupação hospitalar, quatro regiões do estado já estão com 100% do uso das vagas de enfermaria. Porém, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, apenas 10% dos casos são de Covid-19. Já os leitos de UTI estão com uso médio de 60%.
O governo de Minas deve concluir, nesta semana, a abertura de 20 leitos de UTI e 102 de enfermaria, para auxiliar principalmente Belo Horizonte, onde a demanda é maior.
Entre domingo (30) e esta segunda-feira (31), foram confirmadas 7.847 infecções no estado. Também nessas 24h, Minas Gerais confirmou 8 mortescausadas pela Covid-19.