O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, negou que o estado esteja se aproximando de uma segunda onda da Covid-19, fenômeno que é observado, por exemplo, em países da Europa. No estado, a possibilidade de uma retomada de patamares elevados da doença preocupa especialistas.
“É importante nós lembrarmos que estamos vindo de um feriado prolongado, nos outros feriados nós notamos aumentos, dez, 15 dias depois. Estamos vindo também de um momento de eleição. E não tem nenhuma evidência no estado, neste momento, que nós estejamos passando ou caminhando para uma segunda onda”, afirmou Amaral.
Nesta segunda-feira (16), Belo Horizonte atingiu a maior taxa de transmissão (RT) da Covid-19 desde julho, chegando a 1,13. Já no estado, segundo o secretário, o dado mais recente indica que a taxa está em 1,09. Minas Gerais contabiliza 9.531 mortes e 385.427 casos confirmados da doença.
“A taxa de transmissão normalmente marca a mudança do que aconteceu, ou seja, ela é retrospectiva. A gente vê e mede para tentar inferir o futuro. Belo Horizonte teve aumento, Minas Gerais nós tivemos algum aumento. Na verdade, Minas Gerais já está tendo uma redução dessa taxa de transmissão”, disse.
Não está descartada a possibilidade de regresso em relação ao funcionamento de serviços em algumas áreas. Atualmente, 12 das 14 macrorregiões do estado estão na onda verde.
As definições sobre o programa são feitas pelo o Comitê Extraordinário Covid-19, que se reúne nesta tarde.
“Neste momento, nós estamos acabando de apurar todos os dados do estado. São sete indicadores que nós levamos em consideração. E o Minas Consciente ele tem uma característica, ele é feito para isso mesmo, ou seja, para permitir avanços e sinalizar regressões, caso se faça necessário. Então, neste momento que nós vimos alguns aumentos, vai depender do que os indicadores mostrarem, mas pode, sim, haver uma regressão”, afirmou.