Cratera volta a assombrar moradores de Sete Lagoas após 35 anos

Por Dentro De Tudo:

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Passados exatos 35 anos, os moradores de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, que fica a 70km de Belo Horizonte, voltaram a enfrentar o medo de ver uma cratera engolir parte da cidade. No mesmo local onde um buraco se abriu em 4 de março de 1988, o asfalto afundou e rachaduras apareceram nos imóveis ao redor.

Acionadas pelos moradores, a Defesa Civil e a Prefeitura de Sete Lagoas interditaram o cruzamento na esquina das ruas Nestor Fóscolo e Tupiniquins, no bairro Santa Luzia, um dos mais antigos e populosos do município, com 240 mil habitantes, na manhã deste domingo, 2 de abril, sem previsão de reabertura ou mesmo de uma solução.

Na primeira vez que isso ocorreu, cerca de 100 pessoas foram retiradas de suas casas por meses, até que a prefeitura tapasse o buraco com pedras levadas por mais de 200 caminhões. Entretanto, durante a operação, viu-se que não era possível resolver a situação daquela maneira. O incidente de 1988 chegou a engolir uma parte do estádio do Bela Vista, o rival do Democrata.

A cratera ficou exposta por anos, até que a prefeitura decidiu tapar tudo, contrariando recomendações de geólogos. Alguns pesquisadores afirmavam que de nada adiantaria, pois aquele trecho, como grande parte do bairro e da cidade, estava sobre uma espécie de rio subterrâneo, que pode ser a causa dos tremores constantes que a cidade vem registrando desde o ano passado, segundo alguns especialistas.

Em nota, a Prefeitura de Sete Lagoas confirmou o incidente e disse ter acionado a Defesa Civil Municipal para avaliar os imóveis do entorno e realizar a interdição e sinalização viária do trecho. Além disso, o SAAE também foi acionado para, em conjunto com equipes da Secretaria Municipal de Obras, iniciar as escavações para avaliar a origem e solução do problema. Durante esse período, motoristas e pedestres devem evitar transitar pelo local. Não foi informado nenhum prazo para a resolução do problema.

Fotos: Prefeitura de Sete Lagoas.

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