O Brasil enfrenta um aumento expressivo de infecções por vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite, e pelo vírus influenza A, responsável pela gripe. Desde março, esses agentes vêm se espalhando continuamente, com o VSR atingindo sua maior taxa de positividade dos últimos três anos, segundo dados do Instituto Todos pela Saúde e da Fiocruz.
Atualmente, 16 das 27 unidades federativas estão em alerta ou alto risco para casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). As regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul concentram a maior parte das ocorrências, com destaque para a alta em crianças, adolescentes e idosos.
Especialistas explicam que a queda de temperatura e o aumento da permanência em locais fechados favorecem a disseminação dos vírus. A infectologista Emy Gouveia ressalta a importância da vacinação contra a gripe, que previne quadros graves e hospitalizações. A campanha nacional começou em abril e prioriza grupos vulneráveis.
Para o VSR, o SUS oferece o anticorpo palivizumabe a bebês de alto risco. Já na rede privada, vacinas específicas estão disponíveis para idosos, gestantes e pessoas com comorbidades. Novos imunizantes incorporados ao SUS devem estar acessíveis na rede pública no segundo semestre de 2025.
O cenário reforça a necessidade de vigilância, prevenção e imunização para conter o avanço das infecções respiratórias.
