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Crescimento de eleitores da geração Z: participação juvenil marca as eleições municipais de 2024

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Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de eleitores entre 16 e 17 anos aumentou 78% em relação às últimas eleições municipais de 2020, com 1.836.081 jovens aptos a votar em 2024. Esse crescimento reflete o impacto de campanhas voltadas para a conscientização cívica, especialmente a iniciativa do TSE em 2022, que impulsionou a participação juvenil.

Julia Tereza Makray Esteves, de 16 anos, é uma dessas jovens que decidiram exercer seu direito ao voto. Inicialmente influenciada pela mãe, Julia afirma que não se arrepende de ter tirado o título de eleitor. “O coletivo de jovens que tirou o título de eleitor vai fazer a diferença”, diz ela, destacando a importância de sua geração na construção política do país.

De acordo com o professor de ciência política André Rosa, os candidatos estão cada vez mais atentos ao voto da geração Z, um público nascido entre 1997 e 2012, que desempenhou um papel preponderante em eleições recentes, como a de 2022. “O voto da geração Z foi determinante para a eleição do presidente Lula”, destaca Rosa.

Valores e preocupações da geração Z

A doutora em ciências da informação Thaís Giuliani explica que os valores da geração Z são moldados por questões como respeito à diversidade, sustentabilidade e flexibilidade. A preocupação com o meio ambiente e o futuro do planeta são prioridades para esses jovens, como destaca Julia, que menciona as mudanças climáticas e o acesso gratuito à saúde e educação como temas cruciais para sua geração.

Participação ativa nas eleições

Diferente de gerações anteriores, que eram mais passivas em relação à política, a geração Z quer se envolver ativamente no processo, conforme aponta Thaís. “Eles querem participar, ser ouvidos e dar sua opinião”, afirma a especialista. Essa maior participação tem feito com que os candidatos adaptem suas estratégias, especialmente nas redes sociais, para atrair a atenção desse público.

No Brasil, figuras políticas como Guilherme Boulos têm aproveitado plataformas como o TikTok para dialogar com a geração Z, utilizando humor e vídeos curtos como forma de se conectar com esse público.

Desafios para os candidatos

Apesar das tentativas de atrair a geração Z, a adolescente Julia ressalta a necessidade de uma abordagem mais séria nas campanhas políticas. “Acho que política é um tema sério, e não gosto muito de brincadeiras nesse contexto. Nas redes sociais, é fácil transmitir fake news, então prefiro buscar fontes confiáveis”, conclui a jovem eleitora.

A participação crescente dos jovens eleitores promete influenciar diretamente os rumos das eleições de 2024, trazendo novas demandas e uma abordagem política mais conectada com as preocupações da geração Z.

Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução

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