É importante monitorar os níveis de colesterol durante a infância e adolescência, especialmente devido ao impacto na saúde cardiovascular ao longo da vida. Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que 24,4% das crianças e adolescentes no Brasil apresentam alterações nos níveis totais de colesterol, e 19,2% têm altas taxas de colesterol LDL, o “colesterol ruim”, que pode causar doenças ateroscleróticas, como infarto e AVC.
A cardiologista pediátrica Mirna de Sousa, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que o colesterol deve ser dosado em crianças de 2 a 8 anos com histórico familiar de doenças cardiovasculares. A triagem deve ser realizada entre 9 e 12 anos, e aos 17-21 anos é recomendado um exame de triagem geral. Caso os níveis sejam alterados, o exame deve ser repetido até normalizar.
A elevação do colesterol é assintomática na infância, mas pode prejudicar as artérias de forma silenciosa. Por isso, intervenções precoces, como mudanças no estilo de vida, são fundamentais para evitar complicações futuras. A especialista também destaca a importância de campanhas de conscientização e acessibilidade a alimentos saudáveis.
Fonte: Itatiaia
