Em mensagens promocionais enviadas por e-mail ou celular, criminosos aproveitam para aplicar mais um golpe na população. Chamado de “fisching”, com a intenção de “pescar” vítimas, o grupo envia um link sobre um suposto produto ou prêmio.
A delegada Cinara Rocha, da Polícia Civil, explica que as mensagens são chamativas e enviadas com nomes de órgãos “confiáveis”. “A partir do momento que a pessoa é induzida a clicar nesse link algumas situações podem acontecer, como por exemplo, a pessoa ser redirecionada para uma nova página que pode ser uma página falsa de um desses órgãos e cadastrar alguns dados pessoais”, destaca.
Além disso, o link pode direcionar para download de um programa, que pode ser baixado no celular ou computador da vítima. Desta forma, conforme revela à delegada, o grupo consegue monitorar dados pessoais e bancários da pessoa.
“Existem estudos que falam que cerca de 5% das pessoas que recebem essas mensagens podem se tornar vítimas em potencial. Então a ideia é que vindo qualquer tipo de mensagem, de qualquer que seja a instituição e que houver a possibilidade, a indução ou qualquer outro meio que você tenha que tomar uma ação dentro daquela mensagem, clicar num link, fornecer dados, qualquer coisa assim, o ideal é que isso não seja feito”, orienta a delegada.
Segundo Cinara, a maioria das instituições não trabalha desta forma. A delegada destaca também que é importante que a população denuncie este tipo de crime, seja na Polícia Civil ou na Militar.
“Em primeiro lugar, a gente consegue fomentar um banco de dados para poder verificar o tipo de crime que tá sendo cometido naquela região. Em segundo lugar, a partir do momento em que você clicou naquele link, aparentemente, seu aparelho celular continua funcionando normalmente, não aconteceu nada. Daqui dois, três, quatro, cinco dias, o seu aparelho pode tá sendo invadido ou seus dados podem está sendo pegos”, explicou.
Desta forma, os criminosos podem aproveitar para abordar familiares, como se fosse a própria vítima, e utilizar dados no futuro para abertura de contas e para outros contratos.
“Clicou no link? Imediatamente, faça a ocorrência. Percebeu que caiu no golpe? Faça a ocorrência de imediato”, ressaltou a delegada.