Um homem de 46 anos foi sequestrado e teve a moto e R$ 150 mil da conta bancária roubados por criminosos ao chegar ao encontro com uma suposta mulher que havia conhecido por meio de um aplicativo de paquera na internet, em São Paulo. Ele foi libertado pela Polícia Militar (PM) no dia seguinte. Os criminosos fugiram e são procurados.
A vítima contou que assim que estacionou sua moto na frente da casa que seria da mulher, foi abordado por homens armados que desceram de um carro.
“Eu cheguei lá na residência, tinham luzes acesas e eu toquei a campainha… uma vez, não escutei nada, ninguém atendeu. Aí resolvi mandar uma mensagem que eu estava lá esperando. Aí ela respondeu que estava se arrumando, nisso desceu um Pegeout com quatro elementos dentro”, disse o homem, que aceitou falar com a reportagem desde que não fosse identificado.
A quadrilha roubou a motocicleta e levou a vítima dentro do carro até um cativeiro na Zona Oeste da capital.
“Um deles já sacou a arma, pediu para entregar a chave da minha moto, um deles subiu na minha moto, e o outro mandou eu entrar no carro, me encapuzaram e começaram a pedir minhas senhas dos bancos, eles tentaram fazer as transferências, me levaram para um cativeiro e levei umas coronhadas na cabeça, fiquei meio grogue e foi aí que eles me amarraram”, falou o homem.
O homem chegou a ser mantido refém por 24 horas até ser libertado Polícia Militar. O caso aconteceu no final de novembro, mas foi amplamente divulgado na semana passada como alerta para as ações de criminosos em aplicativos de paqueras.
De acordo com os policiais, o perfil da suposta mulher com o qual o homem conversava era falso e foi criado e usado pela quadrilha somente para atrair a vítima e roubá-la.
A investigação tentará entrar em contato com a operadora de aplicativo de relacionamentos para saber quem foi a pessoa que se cadastrou no site. “Infelizmente eles utilizam esse meio para poder cometer essa ação criminosa. Tem mulheres envolvidas na quadrilha. Fazem a parte de mandar áudio, de mandar fotografias para a vítima não desconfiar que está tendo um golpe”, disse o sargento Murilo.
A quadrilha costuma procurar vítimas que postam fotos que mostrem que elas tenham boas condições financeiras. “A gente às vezes acaba ostentando mais do que deve. Foto de viagem internacional, carro, moto”, afirmou o homem que caiu no golpe.