Após meses operando com prejuízos, siderúrgicas de Sete Lagoas e região vivem um dos momentos mais delicados de sua história. O setor, que é um dos maiores produtores de ferro-gusa do país, está com caixa comprometido, acesso a crédito restrito e enfrentando um mercado desfavorável tanto no Brasil quanto no exterior.
O custo de produção por tonelada de ferro-gusa varia entre R$ 2.200 e R$ 2.300, enquanto o valor de venda no mercado interno gira em torno de R$ 1.900. No cenário internacional, apesar de uma leve alta nos preços (US$ 400/t), ainda está longe dos valores anteriores à sobretaxa dos EUA, que eram de cerca de US$ 485 por tonelada.
Nos últimos dias, 18 siderúrgicas da região paralisaram temporariamente suas atividades em protesto, afetando cerca de 3.500 empregos diretos. Segundo empresários, o movimento conseguiu segurar a queda dos preços no mercado interno, mas não resolveu o impasse. “Estamos operando no vermelho. A indústria não aguenta mais”, relatou um representante do setor.
Diante disso, uma reunião decisiva está marcada para o dia 10 de julho, no Sindicato da Indústria do Ferro de Minas Gerais (Sindifer), com a participação de empresários de Sete Lagoas e do Centro-Oeste. A pauta será a continuidade ou suspensão das operações, em meio à maior crise vivida pelo segmento na última década.
Cada empresa avalia sua própria capacidade de resistência, e o consenso não será fácil: algumas ainda operam em outros ramos, enquanto outras dependem exclusivamente da produção de ferro-gusa para sobreviver.
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📰 Fonte: Diário do Comércio
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