Após anos de disputas judiciais, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) começou a se desfazer de sua participação na Usiminas. Nesta quinta-feira (31), a empresa vendeu 4,99% das ações da siderúrgica mineira para o Grupo J&F, da família Batista, por R$ 263 milhões. A medida atende a uma determinação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), que pressiona a CSN a cumprir uma antiga decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Segundo a determinação, a CSN poderá manter apenas 5% das ações que possuía — o equivalente a 12,91% anteriormente. Para atender plenamente à exigência, ainda restam cerca de 3% a serem colocados no mercado. O Cade já havia exigido a venda desde 2014, alegando que Usiminas e CSN são concorrentes diretas no setor siderúrgico, o que poderia comprometer a livre concorrência. À época, a CSN firmou um compromisso de reduzir sua participação, mas adiou o processo por meio de sucessivos recursos.
A venda ocorre em meio a uma intensa disputa entre a CSN e a multinacional Ternium, controladora da Usiminas desde 2011. A CSN já obteve uma vitória no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou o pagamento de uma indenização de R$ 5 bilhões por parte da Ternium, mas o embate judicial continua tramitando em instâncias superiores, incluindo o STF.
Crédito da foto: Usiminas / Divulgação
Fonte: O Tempo
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