A Justiça de Minas Gerais aceitou, nesta segunda-feira (19), a denúncia do Ministério Público contra a delegada Monah Zein, acusada de quatro tentativas de homicídio contra policiais civis. O caso, que ganhou ampla repercussão em novembro de 2023, ocorreu quando Monah se trancou em seu apartamento no bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte, e disparou tiros durante uma operação policial.
O juiz Bruno Sena Carmona, responsável pelo caso, decretou a suspensão do porte de arma da delegada, destacando dúvidas sobre sua saúde mental como motivo para a medida cautelar. Monah, que continua a exercer suas funções na Polícia Civil, também está proibida de fazer postagens nas redes sociais sobre as vítimas e testemunhas do processo, bem como de entrar em contato com elas.
O incidente que levou à denúncia ocorreu quando equipes da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros foram enviadas à residência da delegada para verificar seu estado físico e mental, após ela ter feito postagens preocupantes em um grupo de WhatsApp. Durante a tentativa de negociação, Monah Zein teria disparado uma arma de fogo contra a porta e, posteriormente, apontado a arma para os policiais, ameaçando atirar.
O Ministério Público argumenta que Monah agiu com a intenção de matar os policiais e pede sua condenação por tentativa de homicídio qualificado, uma vez que o crime foi cometido contra agentes de segurança pública no exercício de suas funções. A delegada responde às acusações em liberdade, mas poderá ter sua prisão preventiva decretada caso não cumpra as medidas cautelares impostas.
A defesa de Monah Zein ainda não se manifestou publicamente sobre a decisão.
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