O mercado de delivery no Brasil segue em ritmo acelerado e já registra crescimento de mais de 30% ao ano desde 2019. A expectativa é que o setor atinja um volume de R$ 28 bilhões em mercadorias entregues até 2029, segundo estudo da Statista analisado pela consultoria Ártica.
De olho nesse potencial, gigantes do segmento têm apostado pesado no país. A chinesa Keeta anunciou um investimento de R$ 5,6 bilhões para iniciar suas operações no Brasil, depois de já atuar em mercados como Hong Kong e Arábia Saudita. A chegada da empresa promete acirrar ainda mais a concorrência.
O iFood, que hoje concentra mais de 80% das entregas no país, tem buscado ampliar sua presença por meio de parcerias estratégicas. Neste ano, firmou acordo com a Uber para oferecer também corridas de carro e moto dentro do próprio aplicativo de delivery. Além disso, lançou, em parceria com a Mottu, um programa de aluguel de motos a preços reduzidos para atrair novos entregadores, com diárias a partir de R$ 19.
Outras plataformas também se movimentam. O Rappi anunciou investimento de R$ 1,4 bilhão no Brasil, além de um programa de taxa zero para pequenos e médios restaurantes durante três anos. Já a 99Food, que havia deixado o país em 2023, retornou em agosto com investimento de R$ 1 bilhão e isenção de taxas por 12 meses para estabelecimentos parceiros.
Enquanto isso, o aplicativo brasileiro de origem paranaense aiqfome segue sua estratégia de focar em cidades menores, consolidando-se como a segunda maior plataforma de delivery do país, com presença em mais de 700 municípios e planos de expandir para outras 15 cidades mineiras ainda em 2025.
Para especialistas, a disputa promete trazer benefícios ao consumidor, que deve encontrar mais opções, preços competitivos e serviços diversificados em uma única plataforma, como já ocorre em outros países. “O que veremos é uma guerra intensa, mas saudável para o mercado e para os clientes”, avalia o economista Roberto Kanter, da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Foto: Flavio Tavares / O TEMPO
Fonte: O TEMPO
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