A variante delta, presente em 185 países, substituiu em grande parte as outras três variantes preocupantes, alfa, beta e gama, que agora representam cada uma menos de 1% dos casos sequenciados, disse a OMS nesta terça-feira (21)
Todos os vírus, incluindo o Sars-CoV-2 responsável pelo covid-19, sofrem mutações com o tempo.
O surgimento no final de 2020 de variantes que representavam maior risco para a saúde pública global levou a Organização Mundial da Saúde a distinguir entre variantes que deveriam ser “vigiadas” e outras que eram “preocupantes”, a fim de priorizar as atividades de vigilância e investigação em todo o mundo.
“O vírus predominante atualmente em circulação é a variante delta. E, de fato, menos de 1% das sequências atualmente encontradas correspondem a cada uma das variantes alfa, beta e gama”, disse a chefe da equipe técnica covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove, em uma sessão de perguntas e respostas nas redes sociais.
“Esse vírus ficou mais forte, é mais transmissível e está competindo, substituindo outros vírus que estão circulando”, disse, lembrando que até o momento já havia sido registrado em 185 países.
A OMS decidiu nomear as variantes usando letras do alfabeto grego para evitar a estigmatização de qualquer país em particular e para tornar mais fácil para o público pronunciar os nomes.
Atualmente, a OMS considera quatro variantes preocupantes. A organização também considerou que cinco outras variantes (eta, iota, kappa, lambda e mu) devem ser “vigiadas”. No entanto, três delas (eta, iota e kappa) foram rebaixadas, anunciou Van Kerkhove.
A variante mu foi detectada pela primeira vez na Colômbia, onde causou a onda mais mortal da pandemia no país. Lambda foi detectada pela primeira vez no Peru antes de se espalhar para outros países.