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Demissão de médico em Santa Luzia gera críticas do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais

Por Dentro De Tudo:

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Após a demissão de um médico que atuava na UPA São Benedito, em Santa Luzia, por se recusar a realizar atendimentos gerais, o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) se posicionou contra a medida. O prefeito Paulo Bigodinho (Avante) foi responsável pela decisão, que provocou reação da classe médica.

O diretor do Sinmed-MG, Arthur Oliveira Mendes, afirmou que a atuação de médicos da emergência é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), destacando que esses profissionais não devem deixar o setor para realizar atendimentos menos graves, também conhecidos como “atendimentos de porta”.

“Não, não pode (fazer atendimento geral). O Conselho Federal de Medicina tem um regramento muito claro em relação a isso. Ele (médico) precisa ficar lá, disponível para um atendimento de urgência e emergência. Ele não pode ter esse atendimento atrasado em função de outros casos menos graves, igualmente importantes, mas menos graves. Ele está ali para atender os casos de infarto que chegam, pessoas que chegam sob risco de morte naquele momento”, explicou Mendes.

Falta de profissionais é apontada como problema

Na opinião de Mendes, a solução para o problema passa pelo aumento no número de profissionais na unidade. Ele criticou a atitude do gestor municipal e enfatizou a importância de decisões técnicas e não arbitrárias.

“Precisávamos de mais profissionais para atendimento lá na porta, para atendimento desses casos menos graves. Porque o profissional da emergência não pode ser deslocado simplesmente por uma vontade do gestor. Eu acho que falta um pouco mais de conhecimento, um pouco mais de entendimento desses fluxos que não são construídos ao bel-prazer das pessoas. Isso é uma questão técnica muito séria, uma responsabilidade muito grande. Eu acho que precisa de mais trabalho e menos espetáculo”, declarou o diretor do Sinmed-MG.

A decisão de demitir o médico gerou repercussão nas redes sociais, levantando um debate sobre as condições de trabalho e a necessidade de reforço nas equipes médicas nas unidades de pronto atendimento.

Fonte: Itatiaia

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