Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma estratégia inovadora para o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O estudo, publicado em fevereiro de 2025, propõe o uso de uma isca feita a partir de extrato larval do próprio mosquito, combinado com um larvicida biológico. A ideia é atrair as fêmeas do mosquito para a oviposição, sem transformar a armadilha em um criadouro, aumentando a eficiência no controle.
Realizado em parceria com o Instituto Aggeu Magalhães da Fiocruz Pernambuco e a Universidade da Califórnia, o estudo revelou que as armadilhas com extrato de larvas capturaram cerca de 70% mais ovos do que as armadilhas tradicionais. Essa técnica mostrou também ser eficaz contra o Culex quinquefasciatus, o pernilongo comum, que transmite doenças como a filariose.
O pesquisador Gabriel Faierstein, um dos autores do estudo, destacou que essa estratégia pode reduzir o uso de inseticidas químicos, trazendo benefícios ambientais e para a saúde humana.
